Campo Grande (MS), Quinta-feira, 14 de Agosto de 2025
Política Nacional
Após relatório dos EUA, Lula nega violações de direitos humanos e anuncia pacote contra tarifaço de Trump
Presidente afirma que Brasil preserva soberania, critica postura norte-americana e mantém negociação aberta para evitar conflito comercial
13/08/2025
13:00
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reagiu, nesta quarta-feira (13), ao relatório do Departamento de Estado dos Estados Unidos que apontou deterioração da situação dos direitos humanos no Brasil. Em discurso no Palácio do Planalto, Lula afirmou que “ninguém está desrespeitando direitos humanos” no país e acusou os EUA de criarem “uma imagem de demônio” contra governos com os quais entram em conflito.
“Tem que olhar o que acontece no país que está acusando o Brasil. Não aceitaremos a pecha de que aqui não respeitamos os direitos humanos”, declarou o presidente.
O relatório norte-americano, entregue ao Congresso dos EUA na terça-feira (12), criticou Lula e o ministro Alexandre de Moraes (STF), além de questionar a prisão de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro investigados por tentativa de golpe de Estado.
Lula destacou que o Brasil possui um Poder Judiciário autônomo, que garante a Constituição.
Rejeitou qualquer acusação de desrespeito aos direitos humanos.
Criticou a postura dos EUA, afirmando que “não havia razão” para o país ser taxado negativamente no relatório.
Na mesma cerimônia, o governo anunciou medidas para mitigar os efeitos da tarifa de 50% imposta por Donald Trump a produtos brasileiros:
Linha de crédito de R$ 30 bilhões para empresas afetadas
Adiamento da cobrança de impostos
Compra de produtos por estados e municípios para estimular o consumo interno
Lula afirmou que continuará buscando negociação com os EUA e evitou adotar medidas de reciprocidade no primeiro momento:
“Não queremos conflito nem com Uruguai, nem com Venezuela, quanto mais com os EUA. Nossa soberania é intocável.”
O presidente também sinalizou a diversificação de parceiros comerciais e citou a Índia como exemplo de adaptação a cenários adversos.
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