Política / Justiça
Justiça de MS condena sete alvos da Operação Tromper por fraudes milionárias em licitações
Esquema desviou mais de R$ 20 milhões em contratos públicos; ex-vereador Claudinho Serra segue preso, mas aguarda julgamento
13/08/2025
19:15
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
A Justiça de Mato Grosso do Sul condenou sete investigados pela Operação Tromper por participação em um esquema de fraudes em licitações que teria desviado mais de R$ 20 milhões em contratos públicos no município de Sidrolândia (MS). A sentença, assinada em 8 de agosto pelo juiz Bruce Henrique Bueno, da 1ª Vara Criminal de Sidrolândia, atende a uma ação movida pelo Ministério Público Estadual (MPMS).
A decisão é de primeira instância e ainda cabe recurso. O caso foi desdobrado em diferentes processos, e parte dos investigados responde em ações separadas devido a acordos de colaboração premiada.
Segundo o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), a organização criminosa simulava concorrência em licitações por meio de empresas de fachada, com contratos previamente direcionados e uso de documentos falsificados.
O grupo teria celebrado contratos que somam mais de R$ 20 milhões com o poder público.
Apontado como mentor do esquema, o ex-vereador de Campo Grande Claudinho Serra não foi julgado nesta ação. Ele segue preso preventivamente enquanto responde a outro processo relacionado à investigação.
Ueverton da Silva Macedo (empresário, apontado como chefe do esquema): 37 anos, 10 meses e 8 dias de prisão, além de 140 dias-multa. Regime fechado.
Ricardo José Rocamora Alves (empresário): 28 anos, 3 meses e 20 dias de prisão, além de 112 dias-multa. Regime fechado.
Roberto da Conceição Valençuela (empresário): 11 anos e 6 meses de prisão, além de 41 dias-multa. Regime fechado.
Odinei Romeiro de Oliveira (empresário): 4 anos, 9 meses e 18 dias de detenção, além de 24 dias-multa. Regime semiaberto.
Flávio Trajano Aquino dos Santos (empresário): 8 anos e 4 meses de reclusão, além de 20 dias-multa. Regime fechado.
Evertom Luiz de Souza Luscero (empresário): 15 anos e 9 meses de prisão, além de 45 dias-multa. Regime fechado.
César Augusto dos Santos (servidor público): 5 anos, 6 meses e 20 dias de reclusão, além de 26 dias-multa. Regime semiaberto.
Além das penas, o juiz determinou que os condenados ressarçam R$ 350 mil aos cofres públicos.
A reportagem tentou contato com as defesas dos réus, mas não obteve retorno até a última atualização.
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