Política / Justiça
Carla Zambelli segue presa na Itália após passar mal durante audiência em Roma
Defesa alega problemas de saúde e tenta reverter decisão; processo de extradição pode levar até dois anos
13/08/2025
12:00
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) continuará presa na Itália após decisão da Corte de Apelação de Roma, mesmo depois de passar mal e receber atendimento médico durante audiência de custódia nesta quarta-feira (13). A defesa da parlamentar insiste que ela seja liberada por questões de saúde e aguarda a marcação de uma perícia médica.
Segundo o advogado de Zambelli no Brasil, Fabio Pagnozzi, uma ambulância chegou a ser acionada para levá-la a um hospital, mas a audiência foi retomada e a prisão mantida.
A deputada havia manifestado expectativa de que a prisão fosse reconsiderada e enviou carta a familiares pedindo que bolsonaristas pressionassem o ministro da Justiça da Itália, Carlo Nordio, em seu favor.
No último dia 6, Zambelli divulgou outra carta em que afirmou estar sendo “forte e corajosa” e que “nenhum ditador nos colocará de joelhos”.
“Aos brasileiros de todo o mundo, a vida é um grande milagre, mas o maior presente para as nossas vidas é a liberdade para vivermos para nossa família, seja a de sangue ou aquela que elegemos”, escreveu.
O tribunal italiano já havia decidido mantê-la em regime fechado enquanto tramita o processo de extradição para o Brasil — procedimento que, segundo especialistas, pode durar de um a dois anos.
Zambelli foi detida no fim de julho em um apartamento no bairro Aurélio, em Roma, após quase dois meses foragida da Justiça brasileira. Desde então, está no presídio feminino de Rebibbia, que abriga 369 mulheres — quase cem acima da capacidade.
A ordem de prisão definitiva foi emitida pelo ministro Alexandre de Moraes em junho, quando a deputada já estava foragida. O Ministério da Justiça formalizou o pedido de extradição com base no tratado Brasil-Itália.
A decisão determinou ainda a perda do mandato parlamentar, comunicada ao presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB).
Em 14 de maio, a Primeira Turma do STF condenou Zambelli, por unanimidade, a dez anos de prisão e à perda do mandato pelos crimes de invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e falsidade ideológica.
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