Economia / Agronegócio
Exportação de carne bovina bate recorde em julho antes do tarifaço dos EUA
Brasil embarca 313 mil toneladas, alta de 17,2% em um ano, com China liderando compras e receita mensal de US$ 1,67 bilhão
13/08/2025
16:00
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
No último mês antes da entrada em vigor da tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos, o Brasil registrou recorde histórico nas exportações de carne bovina. Em julho, foram embarcadas 313.682 toneladas, alta de 15,6% em relação a junho e de 17,2% frente ao mesmo mês de 2024, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic) compilados pela Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec).
A receita total no mês chegou a US$ 1,67 bilhão. A China manteve a liderança das compras, adquirindo 160,6 mil toneladas (51,2% do total), que somaram US$ 881,9 milhões — crescimento de 18,1% sobre junho. Os Estados Unidos ficaram em segundo lugar, com 18,2 mil toneladas (US$ 119,9 milhões), seguidos por México (15,6 mil toneladas; US$ 88,3 milhões), Rússia (13,8 mil toneladas; US$ 61,5 milhões) e União Europeia (11,8 mil toneladas; US$ 99,4 milhões).
Carne in natura: 276,9 mil toneladas (88,27% do total), alta de 16,7% sobre julho de 2024
Miúdos: 6,23% das vendas, crescimento expressivo no mês
Industrializados: 3,27% do total, também com alta relevante
Volume total: 1,78 milhão de toneladas (+14,1% ante 2024)
Receita: US$ 8,9 bilhões (+30,2%)
Principais destinos:
China – 801,8 mil toneladas (US$ 4,10 bilhões)
EUA – 199,7 mil toneladas (US$ 1,16 bilhão)
Chile – 69,3 mil toneladas (US$ 373,3 milhões)
México – 67,7 mil toneladas (US$ 364,6 milhões)
Rússia – 60 mil toneladas (US$ 252,6 milhões)
México (+217,6%)
União Europeia (+109,7%)
Canadá (+101,1%)
Angola (+49,3%)
Arábia Saudita (+26,9%)
Em 2025, o Brasil já vendeu carne bovina para cerca de 160 mercados, reforçando sua posição como maior exportador mundial. A Abiec avalia que, apesar do impacto esperado do tarifaço de Donald Trump, a demanda internacional deve seguir forte no segundo semestre, com oportunidades crescentes no Oriente Médio, Sudeste Asiático e Leste Europeu.
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