Campo Grande (MS), Quinta-feira, 14 de Agosto de 2025
Política / Economia
Nelsinho Trad elogia crédito emergencial, mas cobra negociações para reverter tarifaço dos EUA
Senador diz que medida de R$ 30 bilhões ajuda exportadores, mas defende acordos internacionais para garantir segurança de longo prazo
13/08/2025
17:15
DA REDAÇÃO
©ARQUIVO
O senador Nelsinho Trad (PSD-MS) reconheceu, nesta quarta-feira (13), que a linha de crédito emergencial de R$ 30 bilhões anunciada pelo Governo Federal é um alívio para empresas afetadas pelo tarifaço de 50% imposto pelos Estados Unidos. No entanto, o parlamentar alertou que a medida deve ser acompanhada de negociações diplomáticas para reverter as tarifas e abrir novos mercados.
“O anúncio do crédito emergencial pode ajudar a manter a operação de muitos exportadores afetados pelo tarifaço, especialmente os pequenos. No entanto, defendo que o Brasil se dedique às negociações diplomáticas para reverter tarifas e ampliar mercados alternativos”, afirmou Nelsinho.
Presidente da Comissão Temporária Externa para Negociação Econômica com os Estados Unidos no Senado, o parlamentar lembrou que Mato Grosso do Sul depende fortemente de setores como a carne bovina.
“Não podemos nos limitar a medidas paliativas. É preciso garantir segurança de longo prazo ao produtor e proteger empregos”, reforçou.
Nelsinho destacou ainda sua atuação na Comissão de Relações Exteriores, no Parlamento do Mercosul e em missões internacionais para viabilizar acordos comerciais, como o Mercosul-União Europeia e o Mercosul-EFTA (Associação Europeia de Livre Comércio), que, segundo ele, podem ampliar o acesso dos produtos brasileiros ao mercado global.
O crédito anunciado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) faz parte do Plano Brasil Soberano, criado por medida provisória para socorrer exportadores impactados pelo tarifaço, que entrou em vigor no dia 6 de agosto.
Além da linha de crédito, o pacote prevê prorrogação de prazos no regime drawback, diferimento de tributos, reforço em fundos garantidores e compras governamentais para absorver parte da produção afetada.
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