Política / Eleições 2026
Flávio Bolsonaro critica Michelle e diz que ex-primeira-dama “atropelou o próprio presidente”
Senador afirma que Michelle agiu de forma “autoritária e constrangedora” ao repreender aliados no Ceará e defende que decisões políticas cabem a Jair Bolsonaro
01/12/2025
15:00
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) criticou duramente a postura da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro após a repreensão pública que ela fez a aliados do clã no Ceará, durante o lançamento da pré-candidatura do senador Eduardo Girão ao governo estadual.
Michelle citou nominalmente o deputado federal André Fernandes (PL-CE) ao condenar a aliança articulada com o ex-governador Ciro Gomes (PSDB), gerando desconforto entre lideranças bolsonaristas.
Para Flávio, a ex-primeira-dama ultrapassou seus limites políticos:
“A Michelle atropelou o próprio presidente Bolsonaro, que havia autorizado o movimento do deputado André Fernandes no Ceará. E a forma com que ela se dirigiu a ele […] foi autoritária e constrangedora.”
Ao explicar o contexto, Flávio justificou a movimentação no Ceará como uma estratégia eleitoral:
“Se Ciro é candidato ao governo do Estado e não será palanque de Lula, existe uma oportunidade de enfraquecer a força local do presidente.”
O senador também fez um alerta a Michelle, defendendo que decisões estratégicas precisam seguir um fluxo interno no grupo bolsonarista:
“Michelle não é política e precisa entender que a forma de tomar uma decisão às vezes é mais importante do que a própria decisão.”
Segundo ele, a condução de alianças continuará seguindo a lógica do núcleo duro da família:
“O mecanismo será uma discussão interna feita por um grupo, do qual ela faz parte, e a decisão final sempre será de Jair Messias Bolsonaro.”
A divergência no Ceará é o segundo conflito envolvendo herdeiros políticos de Bolsonaro desde que o ex-presidente passou à prisão domiciliar, em agosto.
Em Santa Catarina, aliados iniciaram uma rebelião após o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) manifestar intenção de disputar uma vaga ao Senado pelo Estado, contrariando acordos locais e provocando atritos com o governador Jorginho Mello (PL).
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