Campo Grande (MS), Segunda-feira, 15 de Setembro de 2025

Política / Justiça

Valdemar admite “planejamento de golpe”, mas nega crime e cobra anistia no Congresso

Presidente do PL defende união da direita para 2026 e afirma que apenas Bolsonaro, Tarcísio ou Michelle poderiam vencer Lula

14/09/2025

20:00

DA REDAÇÃO

©DIVULGAÇÃO

O presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, afirmou neste sábado (13), durante o Rocas Festival, em Itu (SP), que “houve um planejamento de golpe” no Brasil, mas negou que o ato configurasse crime. Segundo ele, o verdadeiro problema teria sido a “bagunça” dos atos de 8 de janeiro de 2023, classificados pelo STF como tentativa de golpe de Estado.

“Houve um planejamento de golpe, mas nunca teve o golpe efetivamente. No Brasil, a lei diz o seguinte: se você planejar um assassinato, mas não fez nada, não tentou, não é crime. O golpe não foi crime”, declarou Valdemar, em debate ao lado de Gilberto Kassab (PSD), mediado pelo deputado Tomé Abduch (Republicanos-SP).

Defesa da anistia

Durante o encontro, Valdemar reforçou que a prioridade da direita, após a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), deve ser a aprovação de uma anistia no Congresso Nacional. Ele afirmou que PP e União Brasil já estariam alinhados à proposta e cobrou posição do presidente do Republicanos, Marcos Pereira:

“Tenho reunião a semana que vem e vou cobrar. Marcos, nós elegemos o teu presidente da Câmara, agora você precisa retribuir. Se tivermos esses partidos unidos, nós vamos aprovar anistia, pode ter certeza”.

Kassab, por sua vez, se declarou a favor da medida, recebendo aplausos da plateia.

Estratégia para 2026

Valdemar Costa Neto também destacou que a direita precisa conquistar a maioria no Senado em 2026, citando a meta de eleger pelo menos 45 senadores. Ele defendeu que uma eventual união entre Bolsonaro, Ronaldo Caiado, Romeu Zema, Tarcísio de Freitas e Ratinho Júnior poderia garantir vitória eleitoral.

Segundo o presidente do PL, apenas Bolsonaro, Tarcísio ou Michelle Bolsonaro teriam chances reais de derrotar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“É Bolsonaro quem vai escolher o candidato e o vice da chapa”, concluiu.


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