Campo Grande / Serviços
Servidores da Capital passam a cumprir jornada de 6 horas a partir de segunda-feira (3)
Prefeita Adriane Lopes também reduz o próprio salário e o do secretariado em 20% para conter gastos e garantir equilíbrio fiscal
01/11/2025
11:00
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
A Prefeitura de Campo Grande adotará, a partir da próxima segunda-feira (3), jornada de trabalho de seis horas diárias em todas as repartições públicas municipais, exceto escolas, unidades de saúde e serviços essenciais. A medida valerá por 120 dias e integra uma nova etapa da reforma administrativa em andamento desde o início do ano, com foco no reequilíbrio financeiro e na recuperação da capacidade de investimento do município.
Durante reunião com o secretariado nesta sexta-feira (31), a prefeita Adriane Lopes anunciou também a redução de 20% em seu próprio salário e no de todo o primeiro escalão. Além disso, cada secretaria deverá apresentar, nos próximos dias, um plano de corte de 20% na folha de pagamentos.
“Adotamos a redução da jornada de trabalho para diminuir gastos com energia, água e combustível, e também reduzimos os salários da chefia. É uma medida difícil, mas necessária para garantir o pagamento em dia dos servidores e liberar recursos para investir em saúde, infraestrutura e melhorias na cidade”, afirmou Adriane Lopes.
A prefeita destacou que o ajuste não será linear, ou seja, não afetará todas as pastas da mesma forma, considerando as necessidades específicas de cada área. Segundo ela, a decisão faz parte de uma estratégia para preservar empregos, manter salários em dia e assegurar a continuidade dos serviços públicos.
“Essas medidas são fundamentais para garantir a eficiência da máquina pública e preparar Campo Grande para voltar a investir em grandes projetos. Vamos seguir com responsabilidade e transparência”, reforçou.
Desde o início da reforma, em janeiro, a Prefeitura afirma ter economizado mais de R$ 20 milhões com redução de gastos em pessoal, aluguel de imóveis, combustível e estrutura administrativa. A reorganização resultou em um enxugamento de cerca de 30% na estrutura municipal, sem comprometer os serviços prestados à população.
De acordo com Adriane Lopes, o objetivo é modernizar a gestão pública e melhorar a capacidade de investimento do município, colocando Campo Grande novamente em condições de executar projetos estratégicos e obras de infraestrutura.
As novas medidas também são um passo importante para que a Capital possa aderir a programas federais de responsabilidade e transparência fiscal, como o Plano de Promoção do Equilíbrio Fiscal (PEF) e o Programa de Acompanhamento e Transparência Fiscal (PATF), do Governo Federal.
Na prática, o pacote prevê:
Implantação de teto de gastos, limitando o crescimento das despesas à inflação;
Centralização financeira, ampliando o controle dos recursos públicos;
Implantação do leilão de pagamentos, que permite à Prefeitura obter descontos com fornecedores;
Reforço nos critérios de avaliação fiscal conforme a Lei Complementar nº 178/2021.
Essas medidas impactam diretamente na Capacidade de Pagamento (Capag) do município — um índice usado pela Secretaria do Tesouro Nacional para medir a saúde financeira das cidades e a eficiência da gestão fiscal.
Com o pacote de contenção, a Prefeitura busca garantir equilíbrio fiscal e retomada dos investimentos em áreas prioritárias, especialmente infraestrutura urbana, saúde e assistência social.
“Esse é o segundo passo da reforma administrativa. Campo Grande precisa voltar a ter força para investir. É um esforço coletivo em nome da cidade e das pessoas”, concluiu Adriane Lopes.
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