Política / Partidos
Em fase de transição, PSDB deve ter nova executiva estadual ainda nesta semana
Pedro Caravina deve assumir presidência em mandato tampão até novembro; legenda vive reestruturação em meio à debandada e à expectativa por Aécio Neves no comando nacional
19/10/2025
08:30
DA REDAÇÃO
Por enquanto, só Pedro Caravina e Lia Nogueira demonstram intenção de ficar no PSDB
O PSDB de Mato Grosso do Sul passa por uma fase de transição política que deve resultar na formação de uma nova executiva estadual ainda nesta semana. O atual presidente interino, deputado federal Geraldo Resende, deve entregar o cargo na terça-feira (21), abrindo espaço para o deputado estadual Pedro Caravina assumir a direção partidária em mandato tampão até 30 de novembro.
A mudança ocorre no momento em que o partido aguarda definições da executiva nacional, que também vive período de ajustes. O ex-governador de Minas Gerais, Aécio Neves, deve assumir a presidência nacional do PSDB em dezembro, no lugar de Marconi Perillo, o que deve provocar alterações nas articulações estaduais.
Atualmente, o diretório estadual é presidido de forma interina por Geraldo Resende (PSDB-MS), mas o nome de Pedro Caravina é o mais cotado para conduzir a legenda nos próximos meses.
“Do dia 21 de outubro a 30 de novembro, alguém vai ter que assumir a direção do partido aqui no Estado. Sou um dos nomes que devem entrar na disputa. Tenho interesse em reestruturar o partido, mas é uma decisão que não passa só por mim”, declarou Caravina.
Apesar da instabilidade, Caravina conta com o apoio de vereadores da Capital e de lideranças municipais, o que pode ajudar na reconstrução do PSDB e na montagem de uma chapa proporcional competitiva para as eleições de 2026.
O cenário, porém, é de debandada entre os tucanos da Assembleia Legislativa. Além de Caravina e Lia Nogueira (Dourados), que devem permanecer na legenda, os deputados Jamilson Name, Paulo Corrêa, Zé Teixeira e Mara Caseiro já articulam migrações para outras siglas.
A saída de quadros históricos enfraquece o partido, que busca evitar o esvaziamento de suas bases e reconstruir alianças municipais, preservando mandatos de vereadores que não podem trocar de partido por causa da legislação eleitoral.
As movimentações nacionais também influenciam o cenário local. Aécio Neves já teria sondado a senadora Soraya Thronicke (Podemos) para assumir o comando do PSDB em Mato Grosso do Sul. As conversas ocorreram em julho e podem ser retomadas assim que Aécio assumir o comando nacional.
Soraya mantém boa relação com Pedro Caravina, que tem influência política no Podemos, e a eventual aproximação entre ambos poderia reposicionar o PSDB no campo de centro-direita no Estado.
Embora Soraya reafirme o desejo de tentar a reeleição ao Senado em 2026, aliados não descartam a possibilidade de nova candidatura presidencial, alinhada à estratégia de Aécio Neves, que defende o retorno do PSDB ao protagonismo nacional.
“O PSDB tem força e história para estar na disputa presidencial, até por uma questão de sobrevivência”, teria dito o ex-governador mineiro a interlocutores.
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