Política / Justiça
Valdemar Costa Neto compara Bolsonaro a Che Guevara e nega tentativa de golpe em 8 de janeiro
Presidente do PL afirma que ex-presidente mantém “força de transferência de votos” e poderá ser candidato em 2026
25/08/2025
14:00
DA REDAÇÃO
©REPRODUÇÃO
O presidente nacional do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, afirmou nesta segunda-feira (25) que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) possui uma capacidade de transferência de votos comparável ao carisma de Che Guevara, ícone revolucionário da esquerda mundial.
A declaração foi dada durante participação no Esfera Brasil, em São Paulo, encontro que reuniu lideranças políticas e empresariais para debater o cenário das eleições de 2026.
Segundo Valdemar, os processos na Justiça contra o ex-presidente apenas reforçam sua imagem junto ao eleitorado.
“É inacreditável a força de transferência do voto do Bolsonaro. O eleitor dele é fiel. E essas coisas [processos] estão fazendo com que ele vire um Che Guevara. O Che tinha um carisma como o Bolsonaro. E ele é lembrado até hoje”, declarou.
“Daqui 30, 40 anos, do jeito que estão fazendo com o Bolsonaro, você também vai ver gente com camiseta dele”, completou.
Valdemar também negou que Bolsonaro tenha participado da tentativa de golpe de Estado em 8 de janeiro de 2023 e ironizou a narrativa sobre a invasão às sedes dos Três Poderes.
“Oito de janeiro não foi golpe. Aquilo foi um bando de pé de chinelo quebrando as coisas. Dizem que foi golpe para dizer que houve golpe”, afirmou.
Ele ainda mencionou os relatos sobre um suposto plano de assassinato do ministro Alexandre de Moraes (STF), minimizando-os:
“Você pode planejar um assassinato e, desde que não faça nada, não pode ser condenado. Você pode planejar um golpe e não fez nada... Tentaram? Fizeram alguma coisa? Não fizeram.”
Apesar de Bolsonaro estar inelegível por oito anos, condenado por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação, Valdemar disse acreditar que há “grandes chances” de o ex-presidente ser candidato em 2026.
“Se ele não puder, vai escolher um candidato a presidente e a vice, nós vamos ter pelo PL. Isso está liquidado, agora quem ele vai escolher, eu não sei.”
No mesmo evento, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), defendeu que o próximo presidente terá de ser “um novo Juscelino Kubitschek”, capaz de realizar “40 anos em 4” no desenvolvimento do país.
Ele também fez referência a Getúlio Vargas, lembrando que, apesar de ser um líder popular, terminou seu governo em crise e suicídio, o que mergulhou o Brasil em instabilidade.
“JK foi disruptivo, pensou em futuro, construiu Brasília em três anos. Precisamos de um líder com essa visão. Não sei qual será o lema, mas sei que teremos que fazer 40 anos em 4”, declarou, sem citar explicitamente sua própria pré-candidatura.
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