Polícia / Justiça
Namorada de adolescente que matou a família sugeriu “dar os corpos para porcos”, diz delegado
Crime brutal em Itaperuna (RJ) foi planejado por casal de menores; vítimas foram o pai, a mãe e o irmão de 3 anos
06/07/2025
08:45
DA REDAÇÃO
© Reprodução
A Polícia Civil do Rio de Janeiro revelou detalhes chocantes sobre o triplo homicídio ocorrido em Itaperuna, no Noroeste Fluminense, praticado por um adolescente de 14 anos, acusado de assassinar a mãe, o pai e o irmão de 3 anos a tiros enquanto dormiam, na madrugada de 21 de junho. Segundo o delegado Carlos Augusto Guimarães da Silva, o crime foi premeditado com a namorada do jovem, uma adolescente de 15 anos, que chegou a sugerir, nas conversas trocadas, que os corpos fossem "picados, queimados ou dados para porcos".
“Ela cobrava a execução como prova de amor. As mensagens mostram planejamento detalhado, com frieza e cálculo”, afirmou o delegado.
As investigações apontam que o crime foi arquitetado ao longo de meses, com base em diálogos entre o casal que mantinha relacionamento virtual havia seis anos. Os pais do adolescente eram contrários ao namoro, o que teria motivado o assassinato.
As mensagens mostram:
Discussões sobre métodos para matar a família;
Estratégias para simular desaparecimento;
Sugestões para ocultar os corpos;
Pressões emocionais por parte da namorada.
Após o crime, o jovem tentou simular o desaparecimento da família. Quatro dias depois, foi com a avó registrar boletim de ocorrência, alegando que os pais haviam deixado a casa às pressas após o irmão engasgar. A versão caiu por terra quando a polícia encontrou sangue na casa e localizou os corpos dentro de uma cisterna no quintal. A arma usada nos assassinatos, pertencente ao pai, foi escondida na casa da avó — que, segundo a polícia, não tinha conhecimento dos crimes.
A adolescente foi apreendida no interior do Mato Grosso, onde estava escondida. Em depoimento, negou ter incentivado o crime, mas a polícia afirma que as mensagens contradizem sua versão. Segundo os investigadores, ela demonstrou frieza ao chegar a pedir uma foto dos corpos e dar instruções para o namorado sobre como agir após os homicídios.
A polícia também apura a possível influência de um jogo virtual de terror, mencionado pelos adolescentes. O enredo envolvia relacionamento incestuoso entre irmãos que matam os pais, o que pode ter servido de inspiração para o plano macabro.
O inquérito será enviado ao Ministério Público, e ambos devem responder por ato infracional análogo a homicídio triplamente qualificado, o que inclui:
Motivo torpe
Meio cruel
Recurso que dificultou a defesa das vítimas
Como são menores de idade, os dois não podem ser condenados como adultos, mas podem cumprir medida socioeducativa de até 3 anos de internação, conforme o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
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