Campo Grande (MS), Quinta-feira, 08 de Maio de 2025

Política / Assembleia Legislativa

Empresa é alvo de ação judicial por crime ambiental em Itaporã após denúncia de Lia Nogueira

Compostrat é acusada de poluir solo e cursos d’água com descarte irregular de resíduos orgânicos; Justiça determina suspensão das atividades

07/05/2025

19:00

DA REDAÇÃO

©DIVULGAÇÃO

O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) instaurou ação civil pública contra a empresa Compostrat (Compostagem e Tratamento de Resíduos Orgânicos Ltda.), situada no Travessão do Tatuí, em Itaporã, por possíveis crimes ambientais. A medida foi motivada por denúncia da deputada estadual Lia Nogueira (PSDB), que relatou o descarte irregular de carcaças de animais, sangue e chorume em áreas próximas à comunidade.

A ação foi protocolada em 14 de abril pelo promotor Radamés de Almeida Domingos, após a deputada solicitar providências ao procurador-geral de Justiça, Romão Avila Milhan Junior. Segundo moradores, os resíduos em decomposição estariam provocando forte mau cheiro, atração de vetores e contaminação de solo e águas.

“É inaceitável que se permita a continuidade dessa situação, uma vez que é agressão não apenas ao meio ambiente, mas à população das proximidades dessa área”, afirmou Lia Nogueira.

 Constatado pela Polícia Militar Ambiental:

  • Descarte de efluente sem parecer técnico em propriedade vizinha

  • Chorume lançado diretamente em solo não impermeável

  • Risco de contaminação de solo e águas subterrâneas

  • Falta de ações preventivas e mitigadoras

  • Presença de resíduos e compostagem fora das áreas licenciadas pelo Imasul

  • Descumprimento de Termo de Paralisação assinado em 2024


A Compostrat negou operar irregularmente e afirmou que realiza apenas atividades essenciais à remediação ambiental, mas uma vistoria feita pelo MP em 2 de dezembro de 2024 constatou a continuidade da operação e o acúmulo irregular de chorume, contrariando o acordo firmado com o Imasul.

Decisão Judicial:

Em 16 de abril, o juiz Evandro Endo, da Comarca de Itaporã, concedeu liminar suspendendo todas as atividades da empresa, exceto as estritamente necessárias para evitar o agravamento ambiental. A multa por descumprimento foi fixada em R$ 10 mil por dia.

Pedido do MP:

  • Interdição total das atividades irregulares

  • Cumprimento integral das exigências da licença ambiental

  • Mudança da empresa para local adequado

  • Indenização por danos ambientais


Os comentários abaixo são opiniões de leitores e não representam a opinião deste veículo.

Últimas Notícias

Veja Mais

Envie Sua Notícia

Envie pelo site

Envie pelo Whatsapp

Rede News MS © 2021 Todos os direitos reservados.

PROIBIDA A REPRODUÇÃO, transmissão e redistribuição sem autorização expressa.

Site desenvolvido por: