Meio Ambiente / Fauna Silvestre
Onça suspeita de matar caseiro no Pantanal não voltará à natureza e seguirá em cativeiro
Felino está debilitado, com anemia e problemas renais; Bioparque Pantanal descarta recebê-lo por não ter estrutura adequada
02/05/2025
08:15
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
A onça-pintada capturada no pesqueiro Touro Morto, no Pantanal sul-mato-grossense, permanece em tratamento no Cras (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres) de Campo Grande. O animal, um macho de aproximadamente 9 anos e 94 quilos, foi resgatado após o ataque que resultou na morte do caseiro Jorge Ávalo, conhecido como Jorginho, e não poderá ser reintegrado ao habitat natural.
Segundo o Governo do Estado e o ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade), o felino apresenta sérias complicações de saúde, como anemia, desidratação e alterações nos rins, fígado e sistema gastrointestinal, o que inviabiliza sua soltura. O destino da onça será uma instituição mantenedora de fauna, onde viverá em cativeiro pelo restante da vida.
Apesar de o Bioparque Pantanal abrigar diversos animais resgatados pelo Cras — como a loba Delinha e a jiboia Rachel Carson —, o local informou que não possui recintos apropriados para receber onças-pintadas, conforme normas de bem-estar animal.
“Não recebemos nenhuma demanda formal sobre essa onça. Nossos recintos não comportam animais de grande porte como a onça-pintada”, esclareceu o complexo.
A onça foi capturada na madrugada de 24 de abril, três dias após o ataque fatal ocorrido próximo à residência da vítima.
A PMA (Polícia Militar Ambiental) ressalta que não é possível confirmar que o felino capturado foi o autor do ataque, embora estivesse rondando a casa no momento da ação.
Outras onças foram vistas na região, o que mantém a investigação em aberto.
O animal segue sob cuidados no Cras:
Exames indicaram anemia leve, alterações hepáticas e renais, além de problemas gastrointestinais.
Veterinários aguardam resultados complementares (raio-x, hemograma, ultrassom) para definir a extensão dos danos.
O ICMBio destacou que a onça será encaminhada, após estabilização clínica, para uma instituição autorizada a manter felinos de grande porte em cativeiro, mas ainda não há confirmação oficial de qual local será escolhido.
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