Campo Grande (MS), Sábado, 19 de Abril de 2025

Coluna / Ampla Visão

Os candidatos querem surfar no conservadorismo

Análise crítica destaca a onda conservadora entre candidatos, os desafios da liderança política, o envelhecimento da população, a crise de representatividade e os bastidores do poder no Brasil contemporâneo.

17/04/2025

21:00

MANOEL AFONSO

DARCY RIBEIRO:
“Sou um homem de causas. Vivi sempre pregando e lutando como um cruzado, pelas causas que me comovem. Elas são muitas: a salvação dos índios, a escolarização das crianças, a reforma agrária, o socialismo em liberdade, a universidade necessária. Na verdade, somei mais fracassos que vitórias em minhas lutas, mas isso não importa. Horrível seria ter ficado ao lado dos que venceram nessas batalhas.”

CARÊNCIA:
Existem líderes que nos encantam. Sobre o tema, o ex-senador goiano Demóstenes Torres diz que os líderes globais patinam no atraso e arremata:
“Desde a Segunda Guerra, o Reino Unido não produz um Churchill, nem os Estados Unidos um Roosevelt. Pior é a França, que está há dois séculos sem alguém digno do panteão.”

LÍDERES:
“Os políticos profissionais são intermediários, representantes, lideranças. Vivem e agem no interior de um sistema. A boa ou a má qualidade deles depende da qualidade dos que são por eles representados, dos valores que prevalecem e da armação institucional em que operam.”
(Professor Marco Aurélio Nogueira)

PROBLEMA:
“No mundo da política, os líderes são frequentemente examinados e julgados com base no seu desempenho político e nas decisões que tomam. No entanto, por trás da personalidade política e das decisões políticas existe um lado humano que é frequentemente negligenciado.”
(Christodoulos Koutsoulianos)

BRASIL-HOJE:
O país tem hoje 50 milhões de jovens, mas até o final deste século cairá para 25 milhões. Vai faltar jovens. Se a expectativa de vida subiu, a taxa de fecundidade vem diminuindo como mostra o tamanho de nossas famílias. Nos últimos 50 anos o número de filhos das nossas famílias caiu de entre 5 a 8 para apenas 2.

OBSERVE:
Quantos primos e tios seus pais tinham? Aposto que eram muitos, independentemente da classe social. No embalo também indago: já comparou o número de primos seus com o número de primos que seus filhos têm? Por analogia, as futuras gerações conviverão em relações familiares mais enxutas. Poucos irmãos e poucos primos e tios.

A PROPÓSITO:
Os asilos chegaram às cidades interioranas. Antes só existiam nas grandes cidades. O país envelheceu, as famílias e as casas diminuíram de tamanho. Os idosos perderam o espaço. Se poucas famílias poderão cuidar dos seus idosos, teremos que assimilar a cultura do asilo, como é no Primeiro Mundo. Não adianta chorar!

VELHICE:
É pauta presente na mídia, nos livros e em filmes, retratando dramas e desafios em todos os países. Os preconceitos, as barreiras e a falta de conscientização social como um todo. Pessoalmente admiro muito a postura da colônia japonesa, que de forma gentil, abraça seus velhos com a mesma intensidade dedicada às suas crianças.

MOTIVACIONAL-1:
Discurso do coronel Hal More (Mel Gibson) no filme Fomos Heróis:
“Não vou prometer que vocês voltarão para casa vivos. Mas eu juro uma coisa diante de Deus: quando entrarmos em batalha eu serei o primeiro a entrar no campo e o último a sair. Não vou deixar ninguém para trás. Mortos ou vivos, todos voltaremos para casa juntos. Com a ajuda de Deus.”

MOTIVACIONAL-2:
Quem assistiu a Coração Valente, lembrará de Mel Gibson nesta fala vibrante:
“Lutem e talvez morram. Fujam e viverão, ao menos por um tempo. No leito de morte daqui a alguns anos, será que você trocaria todos esses dias a partir de agora por uma chance, só uma chance, de vir aqui e dizer aos nossos inimigos que eles podem nos tirar a vida, mas jamais tirarão a nossa liberdade?”

PAISAGEM:
Nunca é demais registrar nosso olhar em Campo Grande. Em cada esquina farmácia e barbearia, em cada bairro uma igreja, várias academias de ginástica, lojas de colchões e produtos de suplementação alimentar. Ainda enxergo o número crescente de psicólogos e terapeutas nos bairros. Assim caminha a humanidade.

OUTRO LADO:
Independentemente da sacanagem da CCR MSVia, 21 municípios são beneficiados com o Imposto Sobre Serviço (ISS) gerados pelo pedágio. Destaques para Rio Verde de MT com R$183 mil mensais (em 2024); Nova Alvorada do Sul R$158 mil mensais. Veja o caso da pequena Juti: levou R$1.300 mil em 2024. Um extra que caiu do céu.

COMPARE:
Se na Lava Jato a Odebrecht caiu e foi beneficiada pela justiça, lá no Peru o ex-presidente Ollanta e sua mulher Nadine foram condenados a 15 anos de prisão cada um, por receberem dinheiro (propina) das empreiteiras OAS e Odebrecht na campanha eleitoral de 2011. O casal usou o velho papo da esquerda: ‘perseguição política’.

PERGUNTO:
Quais os livros, desta lista abaixo dos 10 mais lidos do mundo, você já curtiu?

  • O Livro Vermelho (Mao Tsé-Tung)

  • Harry Potter (J.K. Rowling)

  • O Alquimista (Paulo Coelho)

  • O Código Da Vinci (Dan Brown)

  • A Saga Crepúsculo (Stephenie Meyer)

  • E o Vento Levou (Margaret Mitchell)

Não vale mentir.

BRONCAS:
A Energisa e as empresas do ramo de internet lideram as reclamações de usuários. As desculpas são aquelas que o leitor conhece. A Energisa, em que pese suas propagandas bem produzidas, não tem investido na mesma proporção que a cidade cresce. Quanto ao pessoal da internet, reproduz o atraso do país neste setor. E só...

MALANDRAS:
A exemplo da Agência Nacional de Transportes Terrestres, a Agência Nacional de Mineração faz o jogo das empresas. A última protege a mineradora (grupo JBS) ativa em Ladário e Corumbá, e que não revela às prefeituras a quantidade mensal do produto que extrai e vende. Como saber se o valor do imposto que lhes cabem está correto? O deputado Paulo Duarte quer apurar essa manobra grosseira.

MESMICE:
As notícias de que o ex-deputado Fábio Trad seria convidado pelo PT para disputar o Senado ou o Governo, prova a falta de renovação do partido. Sempre os mesmos. Outro fato que comprova essa assertiva é a notícia de que o deputado Vander Loubet conseguiu unir os grupos em torno de seu nome para comandar o diretório. Não largam a picanha.

CONVENHAMOS:
Em que pese toda tecnologia, está difícil assistir à maioria dos programas de futebol na televisão. Papos de conteúdos maçantes. Gente que se acha mais importante do que a informação, sem cultura futebolística principalmente. A presença das mulheres, como comentaristas nas transmissões em campo, também não agrada. Não por acaso Galvão Bueno voltou.

RESPINGOS:
Para os observadores, o voto do deputado Beto Pereira, ex-PDT e ainda filiado ao PSDB, não foi por acaso. Fiel discípulo do ex-governador Azambuja, o voto mostra a tendência do seu grupo político alinhar-se ao Bolsonarismo para ganhar o voto do eleitorado conservador. Ainda insisto em questionar: qual será a reação do ‘distinto eleitor’?

ANOTE:
pesquisas eleitorais publicáveis e outras destinadas apenas a um grupo seleto de políticos. Essas últimas, mantidas a sete chaves, procuram explorar todas as tendências do eleitor nas mais diferentes situações. Aqui não é diferente, com a volta de nomes estigmatizados e que podem ajudar a fazer a diferença. Portanto, nem tudo é mamão com açúcar.


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