Saúde / Alerta
MS entra em alerta máximo para aumento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG)
Crescimento atinge principalmente crianças pequenas e está associado ao vírus sincicial respiratório, aponta Fiocruz
10/04/2025
15:00
DA REDAÇÃO
©ILUSTRAÇÃO
Mato Grosso do Sul está em alerta máximo para uma possível explosão de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), segundo o novo Boletim InfoGripe da Fiocruz, divulgado nesta quinta-feira (10). O documento revela que o estado apresenta alto risco de incidência da doença, com tendência de crescimento tanto em curto quanto em longo prazo, afetando principalmente crianças pequenas, mas também jovens, adultos e idosos.
“Neste momento, é fundamental que os grupos prioritários busquem a vacinação contra a gripe”, alertou a pesquisadora Tatiana Portela, destacando a importância da prevenção diante da chegada do período crítico da influenza.
O principal agente responsável pelo aumento de internações é o Vírus Sincicial Respiratório (VSR), que tem causado alta de casos entre crianças de até dois anos de idade. A Fiocruz também identifica os primeiros sinais de crescimento nos casos de SRAG por influenza A, sobretudo em Mato Grosso do Sul.
A recomendação dos especialistas é clara: vacinação imediata para crianças entre seis meses e seis anos, gestantes, puérperas e idosos, além do uso de máscaras em locais fechados ou com aglomerações, principalmente no surgimento de sintomas gripais.
Em todo o Brasil, o boletim registra 31.796 casos de SRAG notificados desde o início de 2025, sendo:
12.527 casos positivos para algum vírus respiratório (39,4%);
14.113 negativos (44,4%);
3.060 aguardando resultado laboratorial (9,6%).
Nas últimas quatro semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos positivos ficou distribuída da seguinte forma:
50,4% VSR (vírus sincicial respiratório);
31,4% rinovírus;
10,3% influenza A;
9,2% Covid-19 (Sars-CoV-2);
1,6% influenza B.
Entre os óbitos confirmados por vírus respiratórios, a maioria foi causada pela Covid-19 (57,9%), seguida por rinovírus (19,5%) e influenza A (11%).
Mato Grosso do Sul figura entre os estados com nível de incidência de SRAG considerado alto em todos os cenários analisados pela Fiocruz. Além das crianças, o crescimento também começa a se refletir entre adultos e idosos, indicando a necessidade urgente de medidas preventivas e ampliação da cobertura vacinal.
“O risco é real e iminente. Não estamos falando apenas de uma gripe forte. A SRAG pode evoluir rapidamente para quadros graves e hospitalizações”, reforça Tatiana Portela.
A Secretaria de Estado de Saúde e os órgãos municipais reforçam a importância da vacinação contra a gripe, sobretudo para:
Crianças de 6 meses a 6 anos;
Gestantes e puérperas;
Idosos;
Pessoas com comorbidades;
Trabalhadores da saúde e da educação.
Além disso, em caso de sintomas gripais, usar máscara, evitar locais com aglomeração e procurar atendimento médico são medidas essenciais para evitar agravamento e disseminação.
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