POLÍTICA
STF mantém prisão de Braga Netto por unanimidade e reforça acusações de obstrução de investigação
Ministros confirmam decisão do relator Alexandre de Moraes sobre tentativa de interferência na apuração da trama golpista
14/03/2025
15:45
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, por unanimidade, nesta sexta-feira (14), negar o pedido de soltura do ex-ministro da Defesa e general Walter Braga Netto. Ele é acusado de tentar obstruir as investigações sobre a trama golpista relacionada ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e a militares envolvidos na venda de presentes de Estado.
📌 Votação e ministros envolvidos
O relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, votou pela manutenção da prisão preventiva, sendo acompanhado pelos ministros Flávio Dino, Cristiano Zanin, Cármen Lúcia e Luiz Fux. O julgamento, iniciado na semana passada, foi concluído nesta sexta-feira.
Moraes argumentou que a perícia da Polícia Federal (PF) identificou uma troca intensa de mensagens entre Braga Netto e o general Mauro Lourena Cid, pai do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid. As conversas ocorreram às vésperas da operação que atingiu Bolsonaro e outros militares.
❗ Principais pontos levantados pela PF:
🔹 Mensagens foram apagadas, impossibilitando a recuperação do conteúdo;
🔹 Outras provas apontam que Braga Netto tentou dificultar as investigações;
🔹 Indícios de que ele atuou para controlar informações que seriam repassadas à polícia.
📢 Trecho do voto de Alexandre de Moraes:
"A autoridade policial apontou que Walter Souza Braga Netto tentou controlar o que seria repassado à investigação [...] demonstrando o verdadeiro papel de liderança, organização e financiamento exercido pelo recorrente."
O ministro também destacou que, conforme o artigo 312 do Código de Processo Penal, a prisão preventiva se justifica para garantir a ordem pública, já que há provas suficientes da tentativa de obstrução.
O advogado do general, José Luis de Oliveira Lima, pediu a liberdade do ex-ministro argumentando que não há elementos concretos que indiquem a tentativa de obter informações da delação de Mauro Cid.
A defesa de Braga Netto também afirmou que:
✔ Ele nunca entregou dinheiro ao tenente-coronel Rafael de Oliveira, apontado como executor do plano para prender ou assassinar Alexandre de Moraes;
✔ Ele desconhecia o plano "Punhal Verde e Amarelo", supostamente ligado à tentativa de golpe.
A manutenção da prisão de Braga Netto reforça a linha de investigação da Polícia Federal, que busca desvendar a estrutura de comando e financiamento da trama golpista. Com a decisão unânime do STF, o general continuará detido enquanto as apurações avançam.
O caso segue sob sigilo parcial, mas a expectativa é que novas informações sejam reveladas conforme o andamento das investigações.
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