POLÍTICA
Bolsonaro critica rapidez do STF em julgamento de denúncia por tentativa de golpe
Ex-presidente sugere perseguição política e compara caso ao de Donald Trump; análise da PGR começa em 25 de março
14/03/2025
07:45
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a criticar o Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta-feira (13), após a Primeira Turma da Corte agendar para os dias 25 e 26 de março o julgamento da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) que pode torná-lo réu por tentativa de golpe de Estado em 2022.
Pouco depois da decisão, Bolsonaro usou a rede social X (antigo Twitter) para ironizar a celeridade do processo, afirmando que "o devido processo legal, por aqui, funciona na velocidade da luz". Ele sugeriu que a rapidez se deve ao fato de estar "em primeiro lugar em todas as pesquisas de intenção de voto para Presidente da República nas eleições de 2026".
Atualmente, Bolsonaro está inelegível, após ser condenado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em dois processos.
Antes de se referir diretamente ao seu processo, Bolsonaro citou o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, alegando que ele enfrentou acusações "ridículas" que "levaram quase cinco anos para serem convertidas em denúncia formal e depois foram reduzidas a pó pela escolha soberana do povo americano".
O ex-presidente também afirmou que o inquérito no Brasil é "repleto de problemas e irregularidades" e criticou a velocidade da análise pelo STF, que ocorre apenas um ano após o início da investigação.
A denúncia contra Bolsonaro será analisada pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, que é composta pelos ministros:
⚖️ Alexandre de Moraes
⚖️ Cristiano Zanin
⚖️ Cármen Lúcia
⚖️ Flávio Dino
⚖️ Luiz Fux
Caso a denúncia da PGR seja aceita, Bolsonaro passará à condição de réu no processo, mas ainda não será julgado por culpa ou inocência no caso.
A análise da denúncia faz parte da investigação sobre uma suposta trama golpista para reverter o resultado das eleições de 2022. A PGR sustenta que Bolsonaro e aliados teriam articulado um plano para deslegitimar o sistema eleitoral e impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Se o STF aceitar a denúncia, Bolsonaro poderá responder formalmente no processo e enfrentar um julgamento mais aprofundado, que pode resultar em novas punições ou restrições políticas e jurídicas.
A expectativa em torno do julgamento mantém Bolsonaro no centro do debate político nacional, especialmente diante da sua inelegibilidade e das eleições presidenciais de 2026.
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