Política / Senado Federal
Senadores querem destaque de Mato Grosso do Sul na CPI do Crime Organizado
Estado é considerado uma das principais rotas do tráfico de drogas e armas no país
04/11/2025
07:30
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
A bancada federal de Mato Grosso do Sul se mobiliza para garantir protagonismo na recém-criada CPI do Crime Organizado, que será instalada nesta terça-feira (4), segundo o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP). O estado, que faz fronteira com Paraguai e Bolívia e é reconhecido como uma das principais rotas do tráfico de drogas e contrabando de armas no Brasil, deve estar entre os focos centrais das investigações.
A constatação de que o crime organizado atua há décadas nas fronteiras sul-mato-grossenses faz com que toda a faixa de divisa do estado esteja entre as prioridades da comissão. O senador Nelsinho Trad (PSD) defendeu a criação da CPI e destacou que Mato Grosso do Sul enfrenta desafios semelhantes aos do Rio de Janeiro.
“Em MS, vivemos o mesmo avanço e vulnerabilidade nas fronteiras. É hora de união e ação para investigar, propor soluções e proteger nosso povo”, afirmou Trad.
O parlamentar ressaltou ainda a importância da integração entre as forças de segurança:
“Segurança exige coragem, valorização das polícias e compromisso real do Estado — do centro às fronteiras. Cada brasileiro merece viver sem medo.”
A senadora Tereza Cristina (PP), líder do partido no Senado, afirmou que o crime organizado é um problema de caráter nacional e que a CPI será fundamental para fortalecer o combate à criminalidade.
“O crime organizado é uma ameaça que ultrapassa fronteiras estaduais — é um problema nacional e uma tarefa do Estado. Temos trabalhado no endurecimento das penas e vamos instalar agora a CPI do Crime Organizado para investigar tudo e tentar devolver um pouco de sossego aos brasileiros.”
A senadora Soraya Thronicke (Podemos) pretende propor a anexação do relatório final da CPI das Bets, de sua autoria, aos trabalhos da nova comissão. O documento apontou possíveis ligações entre facções criminosas e sites de apostas online.
“Foram 20 reuniões, 19 depoimentos e milhares de documentos analisados. Apesar do tempo curto e da falta de apoio no Senado para prorrogar os trabalhos, enfrentamos interesses poderosos e entregamos resultados importantes”, destacou Soraya, lembrando que chegou a receber ameaças em razão da atuação na CPI anterior.
Ao anunciar a criação da CPI, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, afirmou que os trabalhos vão investigar a estruturação, a expansão e o funcionamento do crime organizado, com foco em milícias e facções criminosas.
“É hora de enfrentar esses grupos com a união de todas as instituições do Estado brasileiro, assegurando a proteção da população diante da violência que ameaça o país”, declarou.
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