Política / Segurança
Prefeita de Aral Moreira cobra endurecimento no combate ao crime organizado na fronteira de MS
Elaine Soligo defende ação conjunta com o Paraguai após operação no Rio de Janeiro que deixou mais de 120 mortos
04/11/2025
08:20
DA REDAÇÃO
prefeita de Aral Moreira, Elaine Soligo (MDB) ©ARQUIVO
A prefeita de Aral Moreira, Elaine Soligo (MDB), defendeu uma resposta mais severa e coordenada do Governo Federal no combate ao crime organizado nas fronteiras de Mato Grosso do Sul, especialmente após a megaoperação policial no Rio de Janeiro, que resultou em mais de 120 mortes e reacendeu o temor de migração de traficantes para a região de fronteira com o Paraguai e a Bolívia.
O governo paraguaio anunciou recentemente a classificação do Comando Vermelho (CV) e do Primeiro Comando da Capital (PCC) como organizações terroristas, decisão que foi elogiada por autoridades municipais sul-mato-grossenses.
A prefeita afirmou que o Brasil precisa adotar uma postura semelhante, com repressão rigorosa e cooperação internacional.
“Penso que quanto mais severo for o enfrentamento a qualquer tipo de organização criminosa, viveremos com mais segurança nas áreas de fronteira. Um enfrentamento mais severo por parte do governo brasileiro, assim como o governo paraguaio está fazendo, seria somar forças para repressão dessas organizações”, afirmou Soligo.
Localizada a 405 km de Campo Grande, Aral Moreira fica na faixa sul da fronteira com o Paraguai, área estratégica e historicamente utilizada por facções criminosas como rota de tráfico de drogas e armas.
A prefeita expressou preocupação com a possibilidade de traficantes fugirem do Rio de Janeiro para o interior do país e cruzarem as fronteiras secas de Mato Grosso do Sul.
“Acredito que essa postura do Paraguai visa proteger suas fronteiras e coibir a entrada de um número maior de integrantes dessas facções”, ressaltou.
Outros municípios fronteiriços, como Ponta Porã e Bela Vista, também demonstraram apoio à decisão do governo paraguaio.
Já na esfera federal, o Senado deve instalar nesta terça-feira (4) a CPI do Crime Organizado, que investigará a estrutura e a expansão de facções criminosas em todo o território nacional — com Mato Grosso do Sul como um dos focos principais, devido à vulnerabilidade da faixa de fronteira.
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