Campo Grande (MS), Terça-feira, 16 de Setembro de 2025

Política / Câmara Federal

PL oficializa Eduardo Bolsonaro como novo líder da Minoria na Câmara

Deputada Caroline de Toni renuncia ao posto e assume como primeira-vice-líder; decisão garante a Eduardo imunidade contra faltas mesmo em autoexílio

16/09/2025

15:00

DA REDAÇÃO

©DIVULGAÇÃO

O Partido Liberal (PL) oficializou nesta terça-feira (16/9) o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) como novo líder da Minoria na Câmara dos Deputados. A mudança ocorreu após a renúncia da deputada Caroline de Toni (PL-SC), que deixou o posto para dar lugar ao filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), mas assumirá como primeira-vice-líder da Minoria.

Caroline de Toni explica decisão

Em pronunciamento, Caroline justificou sua saída como parte de uma estratégia política:

“Gostaria de comunicar a todos a minha renúncia à liderança da Minoria da Câmara dos Deputados para transferir essa responsabilidade ao deputado Eduardo Bolsonaro. Tomamos essa decisão convictos de que o Brasil precisa de união e de coragem, especialmente diante das perseguições políticas que tanto o Eduardo quanto seu pai, Jair Messias Bolsonaro, estão sofrendo.”

Implicações políticas

A indicação fortalece Eduardo Bolsonaro, que desde fevereiro está em autoexílio nos Estados Unidos. Ao assumir a liderança, ele passa a ter regalias previstas pelo regimento interno da Câmara, entre elas a dispensa de justificar ausências em plenário — o que evita o risco de perder o mandato por excesso de faltas.

O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), afirmou ter comunicado oficialmente o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB). Motta, entretanto, disse não ter sido procurado até o momento.

Regras da Casa

De acordo com o regimento interno da Câmara, o cargo de líder da Minoria é ocupado por indicação do maior partido de oposição, mas a nomeação precisa ser ratificada pelo presidente da Câmara.

Contexto

A escolha de Eduardo ocorre em meio à crise política da oposição após a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro pelo STF, que elevou a pressão do PL sobre aliados e abriu novas disputas em torno da estratégia para 2026.


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