Segurança Pública
Governo de MS repudia grito de guerra de novos policiais e determina aplicação de sanções legais
Vídeo mostra recrutas entoando frases que exaltam violência, morte e tortura; caso será rigorosamente apurado
01/08/2025
14:15
DA REDAÇÃO
Novos policiais causaram polêmica com grito de guerra após conclusão de curso de formação de novos soldados
O Governo de Mato Grosso do Sul divulgou nota nesta sexta-feira (1º) condenando o grito de guerra entoado por soldados recém-formados da 38ª turma da Polícia Militar, que exaltava a violência, a morte e a tortura. O governador Eduardo Riedel (PSDB) determinou a “adoção imediata das providências cabíveis, com rigorosa apuração dos fatos e aplicação das sanções legais previstas”.
Em vídeo que circula nas redes sociais, os policiais entoam frases como:
“Bate na cabeça, espanca até matar. Arranca a cabeça e joga ela pra cá. O interrogatório é muito fácil de fazer. Eu pego vagabundo e bato nele até morrer.”
Segundo a assessoria, a manifestação é “isolada” e não representa os valores e princípios institucionais da corporação.
“A expressão utilizada não foi criada pela instituição e tampouco faz parte de seus protocolos oficiais. A preparação do efetivo inclui disciplinas voltadas à valorização da vida, respeito às minorias e atuação comunitária”, destacou o Governo.
Ainda conforme a nota, a formação policial no Estado prioriza a defesa da sociedade, da vida, da segurança e da paz.
O caso gerou forte repercussão em redes sociais e grupos de aplicativos. Enquanto alguns internautas defenderam que a PM deveria agir com mais “rigor”, outros condenaram a apologia à violência e à tortura.
A ex-presidente do Centro de Defesa dos Direitos Humanos Marçal de Souza, Giselle Marques, cobrou punição aos envolvidos e se colocou à disposição para ministrar aulas sobre direitos humanos aos novos recrutas.
“O Governo do Estado de Mato Grosso do Sul manifesta publicamente seu repúdio a quaisquer condutas que incentivem a violência, e determinou a adoção imediata das providências cabíveis, com rigorosa apuração dos fatos e aplicação das sanções legais previstas.
A Polícia Militar do Estado de Mato Grosso do Sul lamenta o ocorrido e esclarece que o episódio consiste em uma manifestação isolada, não representando os valores, princípios e o padrão institucional da corporação. A expressão utilizada não foi criada pela instituição e tampouco faz parte de seus protocolos oficiais. A preparação do efetivo inclui disciplinas voltadas à valorização da vida, respeito às minorias e atuação comunitária.
O Governo de Mato Grosso do Sul enfatiza que forma policiais para defender a sociedade, a vida, a segurança e a paz.
Atenciosamente,
Assessoria de Imprensa”
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