Polícia / Justiça
Acusado de matar o pai a facadas em Campo Grande permanece em silêncio durante interrogatório
Homem, que se apresentava como 'coach' de inteligência emocional, tem histórico de violência doméstica e passará por audiência de custódia nesta segunda (30)
29/06/2025
10:45
DA REDAÇÃO
©REPRODUÇÃO
O homem de 35 anos preso por matar o próprio pai, Hugo Abel Heyn, de 69 anos, com golpes de faca em Campo Grande, optou por ficar em silêncio durante o interrogatório policial realizado neste fim de semana. Segundo informações da Polícia Civil, ele confessou o crime inicialmente, mas, ao ser questionado novamente, disse apenas: "estou organizando o que vou falar".
O crime ocorreu por volta das 23h da última quinta-feira (26), no bairro Parque Residencial Maria Aparecida Pedrossian, e, segundo testemunhas, o autor estaria em estado de surto. Após o homicídio, o homem fugiu e aguardou passar o flagrante antes de se entregar. Ele será apresentado em audiência de custódia nesta segunda-feira (30).
De acordo com o depoimento da mãe do acusado e esposa da vítima, a discussão entre pai e filho começou no quarto da casa da família. O jovem, irritado, teria ameaçado:
“Vou fazer pedacinhos de você, o que está olhando? Tá duvidando? Vou fazer agora”, teria dito ao pai.
Em seguida, ele arrombou a porta do quarto, pulou sobre Hugo e desferiu vários golpes de faca no tórax e nos braços. Mesmo após o pai cair, o agressor ainda o chutou na cabeça. A mãe tentou intervir, sem sucesso. Ela conseguiu fugir e pedir ajuda a parentes próximos. Quando retornou com apoio, o autor já havia fugido.
O Samu foi acionado, mas a vítima não resistiu aos ferimentos. Imagens de câmeras de segurança mostram a mãe do autor correndo pela rua com um roupão sujo de sangue, pedindo ajuda após o ataque.
A ficha criminal do acusado inclui:
Lesão corporal dolosa
Perturbação da tranquilidade (violência doméstica)
Quatro descumprimentos de medidas protetivas
Tentativa de suicídio registrada anteriormente
A ex-companheira registrou boletim de ocorrência contra ele em 2022, após perseguições virtuais, nas quais ele utilizou até e-mails dos próprios pais para tentar contato.
Apesar do histórico violento, o homem se apresentava nas redes sociais como “coach de inteligência emocional”, com postagens sobre controle de pensamentos, superação e oratória. Nas publicações, abordava temas como “mudar a mente para ter prosperidade” e “romper ciclos negativos”. Também compartilhava fotos participando de competições esportivas.
A Polícia Civil segue apurando os detalhes do crime e aguarda a manifestação do acusado em juízo. O caso está sendo tratado como homicídio qualificado, e a motivação pode estar ligada a um quadro de desequilíbrio emocional e histórico de violência doméstica.
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