Campo Grande (MS), Sexta-feira, 30 de Maio de 2025

Política / Assembleia Legislativa

Lia Nogueira cobra ações do Governo de MS contra violência doméstica

Deputada pede transparência sobre programas de proteção e critica omissão diante do aumento de feminicídios

29/05/2025

12:15

DA REDAÇÃO

©ARQUIVO

Diante do crescente número de casos de violência doméstica e feminicídios em Mato Grosso do Sul, a deputada estadual Lia Nogueira (PSDB) protocolou nesta semana um requerimento ao Governo do Estado cobrando informações detalhadas sobre as ações, políticas públicas e estrutura de atendimento às vítimas atualmente em execução.

O documento, endereçado à Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), busca esclarecer como o Estado tem atuado no enfrentamento à violência contra a mulher, diante de números alarmantes.

“O número de mulheres assassinadas é assustador. Essas mortes não são estatísticas, são vidas perdidas, famílias destruídas e um grito por socorro que precisa ser ouvido”, declarou a parlamentar.

Números da violência

Segundo dados oficiais, em 2024, Mato Grosso do Sul registrou:

  • 35 feminicídios consumados

  • 89 tentativas de feminicídio

  • Mais de 20 mil ocorrências de violência doméstica

em 2025, apenas nos primeiros cinco meses do ano, os números já somam:

  • 14 feminicídios

  • Mais de 8.500 agressões contra mulheres em ambiente familiar

Caso recente reforça urgência

A motivação do requerimento também se intensificou após o caso que chocou o Estado: o assassinato de Vanessa Eugênia Medeiros, de 23 anos, e da filha Sophie, de apenas 10 meses, pelo companheiro e pai da criança, João Augusto Borges de Almeida, de 21 anos. Ele confessou o crime à polícia, afirmando ter agido para se livrar da pensão. A frieza da declaração — “Dormi melhor que sempre, porque me livrei de um problema” — revoltou a sociedade.

Pontos questionados por Lia Nogueira:

  • Quais programas ativos o Estado mantém para enfrentamento à violência contra a mulher?

  • Quais estruturas de acolhimento existem nos municípios?

  • Como funcionam os mecanismos de proteção e apoio às vítimas?

  • Qual é o orçamento destinado a essas ações em 2025?

  • Quais as medidas de punição e responsabilização dos agressores em vigor?

Parlamentar destaca o papel fiscalizador da Assembleia

“A sociedade precisa saber o que está sendo feito e o que ainda está pendente. O Estado tem um papel fundamental na proteção das mulheres, e é dever deste Parlamento fiscalizar a atuação do poder público. O silêncio e a omissão custam vidas”, destacou Lia Nogueira.

A deputada defende que as ações governamentais precisam ser mais visíveis, transparentes e eficazes, principalmente no interior, onde muitas mulheres enfrentam obstáculos para denunciar seus agressores e encontrar abrigo ou orientação.


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