Campo Grande (MS), Segunda-feira, 19 de Maio de 2025

Saúde / Justiça

Justiça mantém ação contra ex-gestores por fraude de R$ 2 milhões no SAMU de Campo Grande

Réus são acusados de direcionar licitação, superfaturar equipamentos e favorecer empresa com materiais sem utilidade

19/05/2025

14:30

DA REDAÇÃO

©DIVULGAÇÃO

A Justiça de Mato Grosso do Sul rejeitou as defesas preliminares apresentadas por ex-servidores da Secretaria Municipal de Saúde de Campo Grande e determinou o prosseguimento da ação por improbidade administrativa relacionada a um esquema de fraude em licitação para aquisição de equipamentos para o SAMU, com prejuízo estimado em R$ 2 milhões aos cofres públicos.

A decisão foi publicada nesta segunda-feira (19), no Diário da Justiça, e envolve diretamente o ex-secretário de Saúde Jamal Mohamed Salem e o ex-coordenador do SAMU José Eduardo Cury. Ambos são acusados de fraudar o caráter competitivo da licitação feita em 2014, com a inclusão de cláusulas restritivas e mudanças no critério de julgamento para beneficiar a empresa Health Brasil Inteligência em Saúde Ltda.

Acusações do Ministério Público

Segundo o Ministério Público Estadual, os gestores autorizaram a compra de equipamentos médicos em quantidade excessiva, muitos deles sem utilidade prática e por valores acima do mercado, configurando dano ao erário e possível enriquecimento ilícito.

Evolução patrimonial incompatível

Além das irregularidades na licitação, a ação aponta que os réus apresentaram evolução patrimonial incompatível com seus rendimentos nos anos seguintes ao contrato:

  • Jamal Mohamed Salem: R$ 1.091.366,49 em valores não justificados.

  • José Eduardo Cury: R$ 335.849,39 em patrimônio incompatível.

Esses dados serão analisados por meio de prova pericial contábil, que deve avaliar o suposto superfaturamento e o impacto financeiro ao Município.

Defesa contesta acusações

Procurado, Jamal Mohamed Salem negou o superfaturamento e defendeu a regularidade da contratação.

“Nós temos a nossa defesa. Foi baseado numa tabela nacional. Vamos ter a oportunidade de esclarecer melhor durante o andamento do processo”, afirmou.

Os demais citados não foram localizados pela reportagem. O espaço segue aberto para manifestações.


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