Política / Previdência Social
Carlos Lupi pede demissão do Ministério da Previdência após escândalo no INSS
Wolney Queiroz assume o comando da pasta em meio à investigação de fraudes que somam mais de R$ 6 bilhões
02/05/2025
17:25
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi (PDT), pediu demissão do cargo nesta sexta-feira (2), após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio do Planalto, em Brasília. A saída ocorre em meio ao avanço das investigações sobre o esquema de descontos irregulares de mensalidades associativas em benefícios do INSS.
Em seu lugar, o governo anunciou o ex-deputado federal Wolney Queiroz, atual secretário-executivo do ministério. A nomeação será oficializada em edição extra do Diário Oficial da União ainda hoje.
“Tomo esta decisão com a certeza de que meu nome não foi citado em nenhum momento nas investigações. Desde o início, demos total apoio aos órgãos de controle. Espero que os responsáveis sejam punidos com rigor”, afirmou Lupi em postagem nas redes sociais.
A saída de Lupi acontece uma semana após a Polícia Federal (PF) e a Controladoria-Geral da União (CGU) deflagrarem a Operação Sem Desconto, que apura fraudes envolvendo sindicatos e entidades de classe que descontavam valores indevidos dos benefícios de aposentados e pensionistas.
A fraude movimentou cerca de R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024.
A investigação aponta que o esquema começou durante o governo Jair Bolsonaro e se manteve nos últimos anos.
Já foram exonerados o então presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, e outros quatro dirigentes da autarquia, além de um policial federal.
Pressionado pela oposição, Lupi havia prestado depoimento na Câmara dos Deputados na última terça-feira (29), mas a permanência na pasta ficou insustentável após a articulação para uma CPI sobre a fraude no INSS ser protocolada por deputados.
Em pronunciamento no Dia do Trabalhador (1º de maio), o presidente Lula prometeu que os beneficiários prejudicados serão ressarcidos. A Advocacia-Geral da União (AGU) já atua com um grupo especial para garantir a devolução dos valores indevidamente descontados.
Na tarde desta sexta-feira, o advogado-geral da União, Jorge Messias, se reuniu com o presidente da Dataprev, Rodrigo Assumpção, e o novo presidente do INSS para discutir o plano de reparação.
“Continuarei colaborando com o governo para garantir que todos os recursos desviados dos beneficiários sejam devolvidos integralmente”, declarou Lupi.
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