Política
Deputado Pedro Kemp defende uso de fazenda flagrada com trabalho escravo para reforma agrária
Fazenda Carandazal, em Corumbá, é reincidente no crime; MPT cogita expropriação e multa de R$ 25 milhões
26/03/2025
12:15
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
Durante a sessão ordinária da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS) desta quarta-feira (26), o deputado estadual Pedro Kemp (PT) se pronunciou com veemência sobre o caso da Fazenda Carandazal, localizada em Corumbá, que foi novamente flagrada mantendo trabalhadores em condições análogas à escravidão.
A fiscalização do Ministério Público do Trabalho (MPT) resultou no resgate de quatro trabalhadores, além da possível abertura de ação de expropriação da propriedade e aplicação de multa de R$ 25 milhões como reparação pelos danos causados à sociedade.
“É inadmissível, em pleno século XXI, em 2025, ainda ouvirmos falar em trabalho escravo no Brasil”, declarou Kemp na tribuna.
Segundo o parlamentar, os proprietários da fazenda são reincidentes. Uma multa já havia sido aplicada contra eles em fevereiro deste ano, mas a prática ilegal foi mantida. O deputado denunciou as condições degradantes às quais os trabalhadores eram submetidos:
Alojamentos improvisados com barracos de lona
Ausência de banheiros e água potável
Descontos indevidos no salário por alimentação e equipamentos
Ameaças e restrição de liberdade dos funcionários
“Essas pessoas se submetem a esse tipo de vida por extrema necessidade. É uma realidade cruel que nos causa indignação”, afirmou Kemp.
Kemp defendeu que a fazenda seja destinada à Reforma Agrária, como resposta à reincidência no crime e à gravidade da violação dos direitos humanos.
“Quero apoiar a ação do MPT e pedir que a área seja disponibilizada para a reforma agrária. Não podemos permitir que proprietários reincidentes continuem impunes.”
O deputado também lembrou que é autor de emenda na Lei do MS Empreendedor, que proíbe a concessão de incentivos fiscais estaduais a empresários inseridos na lista suja do trabalho escravo.
Kemp elogiou a atuação da comissão do MPT em parceria com as polícias Federal e Ambiental, que realiza fiscalizações permanentes em fazendas no Estado.
“Não estamos generalizando. Felizmente, a maioria dos produtores cumpre a legislação. Mas é preciso agir com firmeza nos casos de reincidência”, reforçou o deputado.
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