POLÍTICA
Funcionária denuncia chefe de repartição pública por assédio sexual em Campo Grande
Vítima afirma que não consegue mais trabalhar e acusa a Funesp de omissão
24/02/2025
11:25
MDX
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
Uma assistente administrativa contratada pela Funesp (Fundação Municipal de Esporte) procurou a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) nesta segunda-feira (24) para denunciar seu chefe por importunação sexual. Segundo a vítima, o coordenador de uma praça pública da cidade teria assediado repetidamente, chegando a tocá-la sem consentimento na frente de outras pessoas.
A funcionária trabalha na Funesp desde abril de 2023, e o suspeito assumiu a coordenação do local em 2024. Desde então, segundo a denúncia, ele tentava se aproximar constantemente e praticava atos de assédio, como abraços forçados e toques inadequados.
Em um dos episódios mais graves, o coordenador teria passado as mãos nas partes íntimas da vítima, mesmo com testemunhas presentes.
"Eu já não consigo ficar no mesmo ambiente que ele, ele me faz mal psicologicamente." – declarou a mulher.
A vítima também afirmou que já havia denunciado o caso internamente, mas que nenhuma providência foi tomada. Segundo ela, o suspeito se gabava de sua relação com o antigo diretor da fundação, alegando que não sofreria consequências por seus atos.
"Ele dizia que não adiantava denunciá-lo, pois era amigo do antigo diretor, que agora faz parte da cúpula da Funesp, e que nada aconteceria."
Em resposta ao Jornal Midiamax, a Funesp afirmou que não recebeu nenhuma denúncia formal sobre o caso. Confira a nota oficial:
📢 "A Fundação Municipal de Esportes informa que, até o momento, não recebeu nenhuma denúncia formal de importunação sexual envolvendo seus servidores. Assim que houver notificação oficial, serão tomadas as medidas cabíveis, incluindo a instauração de um processo administrativo para apuração rigorosa dos fatos.
A Funesp repudia qualquer forma de assédio e mantém um compromisso firme com a integridade, o respeito e a segurança de seus servidores e usuários dos equipamentos públicos."
Com a denúncia registrada na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), o caso deverá ser investigado pela Polícia Civil, podendo resultar na abertura de um processo criminal. Além disso, a Funesp poderá ser notificada oficialmente e obrigada a instaurar um processo administrativo interno para apuração dos fatos.
Se comprovado o assédio, o suspeito pode responder por importunação sexual, crime previsto no Artigo 215-A do Código Penal, com pena de um a cinco anos de reclusão.
📲 Central de Atendimento à Mulher: Ligue 180 (denúncia anônima e gratuita)
📞 Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam): Procure a unidade mais próxima
🚔 Polícia Civil: Registre um Boletim de Ocorrência presencialmente ou online
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