Campo Grande (MS), Sábado, 20 de Abril de 2024

Rigo foi lembrado como político que soube construir amizades, mesmo entre os adversários

No adeus a Ary Rigo, amigos e familiares relembram estilo "paizão" e trajetória

01/10/2021

11:30

CAMPOGRANDENEWS

Silvia Frias e Gabriela Couto

Familiares e amigos em oração antes do sepultamento de Ary Rigo ©Henrique Kawaminami

O ex-deputado estadual e ex-vice governador, Ary Rigo, foi sepultado há pouco, sob aplausos, no Parque das Primaveras, em Campo Grande. No velório, integrantes de vários partidos evidenciaram o trânsito político, a experiência na atividade parlamentar e o estilo "paizão" que soube cultivar amizades.

No velório, coroa de flores de políticos do PT, MDB e DEM, além de muitos colegas da política, independente da linha ideológica.

O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) disse que Rigo soube construir amizades ao longo da carreira política, mesmo sob divergências. Azambuja relembrou o tempo de trabalho na Assembleia Legislativa, em 2006, quando dividiram mandado. “Muitas vezes, ele foi injustiçado e penalizado”.

Para o deputado estadual Paulo Corrêa (PSDB), presidente da Assembleia Legislativa, Ary Rigo “tinha coração enorme e era um paizão”. Corrêa disse que o conheceu melhor quando foi coordenador de campanha do então candidato ao governo, Pedro Pedrossian e, depois, assumiu a chefia da Casa Civil. “Era verdadeiro cavalheiro e ajudava muita gente”.

O ex-senador Waldemir Moka (MDB) lembrou que os dois disputavam votos na mesma região (sudoeste do Estado), mas que isso não impediu de ter respeito grande pelo adversário. “Fica lacuna e perda de amigo muito bem-humorado”.

A deputada estadual Mara Caseiro (PSDB) o considerava “grande pai político”, sendo responsável por tudo que ela aprendeu no trabalho parlamentar. Mara relembrou a última vez que conversou com Rigo, há dois meses, em que disse estar otimista com o fim da pandemia da covid-19. “Tenho a convicção que ele cumpriu sua missão e deixou legado para quem o conheceu”.

Companheiro de trabalho na Assembleia, o ex-assessor Gustavo dos Santos, comentou que Rigo estava mudando o endereço do escritório para ficar mais próximo da família. O genro, Daniel Navarro, trabalhou com o ex-deputado por 16 anos, uma mostra de afetividade, na visão dele. “Sempre foi companheiro, como um pai”.

Ary Rigo morreu ontem (30), depois de ter ficado internado desde segunda-feira, em decorrência de queda no quarto, em casa, quando sofreu traumatismo craniano.

Rigo participou da elaboração da 1ª Constituição de Mato Grosso do Sul, entre os anos de 1979 e 1982, e foi deputado estadual eleito por seis mandatos, tendo participado da Mesa Diretora e presidido a Assembleia de 2001 a 2003, além de exercer o cargo de vice-governador e chefe da Casa Civil na gestão Pedro Pedrossian.

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