Campo Grande (MS), Quarta-feira, 15 de Janeiro de 2025

Câmara aprova distribuição de absorventes em escolas uma vez por mês

Vereadora conseguiu incluir alunas cisgênero e alunos trans e estabelecer entrega de absorventes mensalmente

19/08/2021

12:55

CAMPOGRANDENEWS

CAROLINE MALDONADO

Vereadora Camila Jara (PT) apresentando emenda para incluir alunas cisgênero e alunos trans em projeto, além de peridiocidade mensal ©DIVULGAÇÃO

Depois de vetar o projeto da vereadora Camila Jara (PT) para distribuição de absorventes nas escolas e postos de saúde, a Prefeitura de Campo Grande mandou novo texto semelhante para avaliação dos vereadores, que foi aprovado hoje (19).

Por considerar que seria impossível ter recurso financeiro suficiente para cumprir o projeto da vereadora, o prefeito Marcos Trad (PSD) preferiu especificar a entrega de absorventes apenas em escolas. A vereadora queria que a distribuição ocorresse também em postos de saúde.
 
Além disso, a prefeitura alegou que o projeto da parlamentar invadia competência do Executivo, por criar uma obrigação a estrutura administrativa municipal, possuindo vício de inconstitucionalidade formal propriamente, avaliando ainda existência de vício de constitucionalidade material por afronta ao princípio de separação de poderes.
Vereadora Camila Jara (PT) apresentando emenda para incluir alunas cisgênero e alunos trans em projeto, além de peridiocidade mensal ©DIVULGAÇÃO
Durante a discussão do projeto, nesta manhã, Jara apresentou uma emenda ao novo texto para incluir alunas cisgênero e alunos trans, em situação de vulnerabilidade social entre os beneficiados e também uma periodicidade mensal para a distribuição dos absorventes.
 
A emenda foi aprovada pela maioria e incorporada ao projeto, que foi aprovado em seguida.
 
Em julho, quando o projeto da vereadora foi votado, para chamar atenção, Jara, única mulher na Casa, distribuiu absorventes aos colegas e revelou que panos, jornais e até miolos de pão são usados por mulheres, na falta do absorvente. De acordo com Jara, a estimativa é que 28% das mulheres brasileiras tenham tido dificuldade em ter acesso à absorventes em algum momento da vida.
 
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