 
 Economia / Gestão Pública
Prefeitura prevê orçamento de R$ 6,9 bilhões para Campo Grande em 2026
Valor representa aumento de apenas 1,49% em relação a 2025, abaixo da inflação acumulada de 5,17%
30/10/2025
19:00
DA REDAÇÃO
 
 ©DIVULGAÇÃO
A Prefeitura de Campo Grande prevê um orçamento de R$ 6,9 bilhões para o exercício financeiro de 2026, conforme o projeto de lei orçamentária anual (PLOA) que tramita na Câmara Municipal desde agosto. O montante representa aumento nominal de 1,49% em comparação ao orçamento de 2025, percentual inferior à inflação acumulada de 5,17% no mesmo período.
De acordo com o texto enviado pelo Executivo, a proposta de Lei Orçamentária Anual (LOA) destina a maior parte das receitas às áreas essenciais de saúde e educação, mas prevê reduções em setores como habitação e cultura.
Saúde: cerca de R$ 2 bilhões (aproximadamente 1/3 do total);
Educação: R$ 1,7 bilhão;
Transporte: 1,96% do orçamento;
Segurança pública: 1,30%;
Habitação: cerca de 0,5%.
O repasse à Câmara Municipal está estimado em R$ 132 milhões, valor superior ao destinado individualmente às áreas de segurança, habitação e cultura.
Os vereadores têm até 5 de novembro para apresentar emendas ao projeto. Após esse prazo, as propostas serão analisadas pelas comissões temáticas antes de seguirem para votação em plenário. A expectativa é de que a LOA seja aprovada até 20 de dezembro, antes do recesso parlamentar.
A base da prefeita Adriane Lopes (PP) atribui o crescimento modesto à queda na arrecadação e à redução dos repasses estaduais e federais.
“Os repasses tanto do governo federal quanto do estadual e até da própria arrecadação da Prefeitura são bem menores de um ano para o outro. Em 2023, o repasse estadual foi de cerca de R$ 580 milhões, e em 2024 caiu para R$ 503 milhões. Isso é um efeito cascata”, explicou o vereador Beto Avelar (PP).
Já a oposição critica o orçamento por considerar que ele não acompanha o aumento do custo de vida e limita investimentos em serviços públicos.
“Estamos numa crise. Faltam remédios nos postos, vagas hospitalares, e a prefeita apresenta um orçamento que não cobre nem a inflação do período. Isso contraria a realidade econômica da cidade”, afirmou a vereadora Luiza Ribeiro (PT).
O orçamento municipal de Campo Grande é um dos principais instrumentos de planejamento da administração pública, determinando as prioridades e limites de gastos para cada secretaria e área da gestão. A proposta de 2026 reflete o cenário de arrecadação desacelerada e a necessidade de equilíbrio fiscal, em meio à pressão por melhoria dos serviços públicos.
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