Policial / 32º Feminicídio
Foragido de MT mata mulher a facadas em Campo Grande; vítima deixa cinco filhos e crime é 32º feminicídio do ano em MS
Luana Cristina Ferreira Alves, de 32 anos, foi morta com 11 golpes de faca por Gilson Castelan de Souza, que já havia assassinado a ex-esposa em 2022; ele foi preso em flagrante após confessar o crime
29/10/2025
06:45
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
Uma noite de horror marcou Campo Grande (MS) nesta terça-feira (28). Luana Cristina Ferreira Alves, de 32 anos, foi brutalmente assassinada com 11 facadas enquanto estava sentada no pátio da empresa onde trabalhava, no bairro Jardim Columbia. O autor, Gilson Castelan de Souza, de 48 anos, foi preso em flagrante com a faca usada no crime — ele era foragido da Justiça de Mato Grosso, acusado de ter matado a ex-esposa Sibelne Duroure da Guia, em 2022, também a facadas.
De acordo com o boletim de ocorrência da Polícia Militar, Luana foi surpreendida pelo agressor por volta das 20h20, enquanto sentava-se em uma cadeira no pátio da empresa. Testemunhas relataram que Gilson iniciou o ataque sem aviso, atingindo a mulher na cabeça, pescoço e costas.
Mesmo gravemente ferida, ela conseguiu correr por alguns metros até a Rua Vaupés, onde caiu na entrada de uma casa pedindo socorro.
“Ela sangrava muito pela cabeça e pedia ajuda, mas não deu tempo. Quando o socorro chegou, já estava em parada cardíaca”, contou uma testemunha à polícia.
Equipes do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) tentaram reanimá-la, mas Luana morreu no local.
O assassino foi localizado minutos depois caminhando pela Avenida Cônsul Assaf Trad, ainda portando a faca usada no crime. Durante a abordagem, ele resistiu à prisão e precisou ser contido com spray de pimenta. Aos policiais, confessou o feminicídio, alegando ter agido “por raiva”.
Pouco antes de ser preso, enviou um áudio ao patrão admitindo o crime.
A investigação revelou que Gilson já tinha mandado de prisão preventiva por outro feminicídio, ocorrido em Várzea Grande (MT), quando matou Sibelne Duroure da Guia, de 40 anos, dentro da própria casa, também com golpes de faca. Desde então, ele era considerado foragido da Justiça.
No local, a perícia criminal apreendeu a arma utilizada e recolheu amostras de sangue. Contudo, funcionários da empresa lavaram o pátio antes do término dos trabalhos, o que comprometeu parte das evidências.
Luana foi reconhecida pelo irmão, que relatou à polícia que a vítima era mãe solo de cinco filhos menores de idade.
O crime foi registrado na Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) como feminicídio qualificado, motivado por violência de gênero. A polícia agora apura o histórico do autor e suas possíveis conexões em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
Com o assassinato de Luana, Mato Grosso do Sul chega a 32 feminicídios em 2025, de acordo com dados da Secretaria de Segurança Pública. O Estado também contabiliza mais de 16,5 mil registros de violência doméstica somente neste ano, o que acende um alerta para o agravamento dos casos.
Denuncie: qualquer forma de violência pode ser comunicada à Deam (Casa da Mulher Brasileira), localizada na Rua Brasília, 85, Jardim Imá, ou pelos telefones 180 (Central de Atendimento à Mulher) e 190 (emergência policial).
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