Política Internacional
Lula e Trump podem se reunir em terceiro país após troca de telefonemas
Encontros podem ocorrer durante cúpulas internacionais na Malásia ou Coreia do Sul; governo brasileiro teme manobras políticas do republicano
28/09/2025
08:30
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
A primeira reunião presencial entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente norte-americano Donald Trump pode ocorrer em um terceiro país, segundo integrantes do governo brasileiro. Antes disso, estão previstas conversas por telefone entre os dois líderes.
De acordo com auxiliares de Lula, ainda não há definições concretas sobre o encontro, mas a avaliação é de que dificilmente o presidente brasileiro viajaria aos Estados Unidos e, da mesma forma, Trump não viria ao Brasil.
Lula tem duas viagens internacionais programadas para este ano:
Asean (Associação de Nações do Sudeste Asiático), na Malásia, entre 26 e 28 de outubro;
Apec (Cooperação Econômica Ásia-Pacífico), na Coreia do Sul.
Trump foi convidado para ambos os eventos e já confirmou presença na cúpula da Apec, aumentando as chances de um encontro bilateral durante a agenda internacional.
Apesar de considerarem a aproximação um gesto positivo, auxiliares do Planalto admitem preocupação com a postura do republicano. O receio é que Trump possa usar a reunião para pressionar ou constranger Lula, a exemplo do que já fez com líderes europeus no passado.
Um caso citado por integrantes do governo brasileiro ocorreu no início do ano, quando Trump se encontrou com o presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, em uma reunião que terminou em constrangimento público para o líder ucraniano.
O gesto de aproximação ocorre em um momento delicado da relação bilateral. Os Estados Unidos impuseram tarifas comerciais sobre importações brasileiras e aplicaram sanções contra membros do Executivo e do Judiciário, incluindo o ministro do STF Alexandre de Moraes. A medida foi interpretada em Brasília como um aceno de Washington ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Na semana passada, Lula e Trump tiveram uma rápida interação nos bastidores da Assembleia-Geral da ONU, em Nova York. O republicano afirmou que houve “excelente química” com o presidente brasileiro e anunciou que pretende conversar novamente com ele na próxima semana.
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