Política
Riedel mantém críticas ao STF e avisa ao PT que “ninguém é insubstituível”
Governador de MS estreia na federação União Brasil-PP em Brasília com apoio do PSDB, PL e maior fatia do fundo partidário
19/08/2025
19:30
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
O governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PP), reafirmou nesta terça-feira (19) suas críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ao ministro Alexandre de Moraes, por considerar um “excesso judicial” a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro. A postura, que desagradou dirigentes do PT-MS, pode acelerar a saída da sigla da base governista no Estado.
Em entrevista ao Campo Grande News, Riedel foi taxativo ao dizer que não recuará:
“Eu não mudo”, afirmou, destacando ainda que não recebeu contato do PT após a repercussão. “Cheguei de viagem no sábado e ninguém do PT entrou em contato comigo. Tenho um Estado para tocar.”
O governador também cutucou os petistas sul-mato-grossenses ao reforçar que cargos não são permanentes:
“A gente tem um projeto de governo, um plano. Pessoas não são insubstituíveis. Estão ali cumprindo uma missão. Fiquem muito à vontade”, disparou Riedel.
Riedel oficializou em Brasília sua filiação à federação União Brasil-PP (UP), deixando o PSDB, mas levando consigo a estrutura política do partido no Estado — formada por três deputados federais, seis estaduais, cerca de 70 prefeitos e 300 vereadores.
Com a mudança, o governador passa a contar com:
Maior acesso ao fundo partidário (dois grandes partidos unidos);
Mais tempo de TV para sua provável campanha de reeleição;
Apoio do PSDB, que continuará aliado;
Reforço do PL, que será comandado no Estado pelo ex-governador Reinaldo Azambuja, a partir de setembro.
Na estreia pela nova federação, Riedel criticou o cenário nacional:
“Enquanto o mundo discute hegemonia geopolítica, o Brasil segue patinando”, disse, defendendo “um projeto definido, claro e com horizonte longo”.
Sobre a presença de ministros da federação no governo federal, o governador opinou que os partidos devem “repensar” sua participação.
Questionado sobre o futuro do PT no governo estadual, Riedel minimizou:
“Eu não tenho problema com o PT, acho que é o PT quem tem problemas comigo.”
Ele reiterou que segue aberto ao diálogo, mas voltou a reforçar que não mudará sua postura em relação ao STF e a Bolsonaro.
Ao lado do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), Riedel considerou-o um “excelente candidato” à Presidência em 2026. Citou ainda nomes como Ronaldo Caiado, Ratinho Júnior, Eduardo Leite e Romeu Zema, destacando a força dos governadores como possíveis presidenciáveis.
Riedel destacou que, sob a liderança de Tereza Cristina (PP) e Rose Modesto (União Brasil), a federação no Estado reunirá forças políticas ao lado do PL para formar uma frente pelo desenvolvimento de Mato Grosso do Sul.
“É um movimento natural. O Brasil mudou e precisamos avançar em reformas estruturantes e modernização da administração pública”, afirmou.
Sobre a ida do ex-governador Reinaldo Azambuja para o PL, Riedel avaliou como positiva:
“É uma boa opção. Reinaldo traz bagagem política, experiência e liderança. Vai ajudar muito o Estado nesse processo de desenvolvimento.”
Os comentários abaixo são opiniões de leitores e não representam a opinião deste veículo.
Leia Também
Leia Mais
Mega-Sena 2.903: bolão de Caxias (MA) leva prêmio de R$ 63 milhões
Leia Mais
EUA enviam destróieres e 4 mil militares à Venezuela para pressionar regime de Maduro
Leia Mais
Saturno retrógrado desafia Peixes, Virgem e Capricórnio até novembro
Leia Mais
Senador Nelsinho Trad destina R$ 3,2 milhões para a saúde em oito municípios de MS
Municípios