Coluna do Simpi
Receita Federal dá anistia, mas só vale até dia 30
Anistia fiscal para MEIs, tarifaço de Trump contra o Brasil e pacote “Brasil Soberano” marcam semana de desafios e oportunidades para micro e pequenas empresas
19/08/2025
19:00
SIMPI
DA REDAÇÃO
Com descontos de até 70%, mensalidades a partir de R$ 25 e pagamento em até 133 meses, a Receita Federal, em parceria com a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN), lançou um edital que pode representar um grande alívio financeiro para milhares de empreendedores brasileiros.
A medida permite o pagamento da dívida tributária com forte redução do valor principal, incluindo impostos, multas e juros, abrindo caminho para que MEIs, microempresas (ME’s) e empresas de pequeno porte (EPP’s) voltem a respirar no mercado.
O prazo é curto: a negociação deve ser feita até o dia 30 de setembro de 2025.
“Essa é uma oportunidade rara de regularização. Quem não aproveitar até a data limite pode perder descontos significativos e enfrentar cobranças mais pesadas no futuro”, alerta Leonardo Sobral, da Federação da Micro e Pequena Empresa (FEEMPI) e do SIMPI.
📌 Atenção: se os débitos ainda estiverem na Receita e não tiverem sido transferidos para a PGFN, o empresário deve solicitar a transferência diretamente no site da Receita para garantir os descontos.
O SIMPI está oferecendo suporte gratuito pelo WhatsApp:
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O economista Luís Artur Nogueira analisou os efeitos do tarifaço de Donald Trump e suas implicações para o Brasil.
A estratégia americana consiste em elevar tarifas de importação para reduzir a dependência de produtos fabricados no exterior, com foco na China. O caso da Apple é citado como exemplo: obrigada a produzir parte dos iPhones nos EUA ou encarar preços inflacionados.
PIB global caiu de previsão de 3,3% para 3% em 2025;
Brasil inicialmente taxado em 10%, mas após a posição nos BRICS, tarifas subiram para 50%;
Exceções: suco de laranja e Embraer mantiveram tarifa de 10%;
Previsão de crescimento do Brasil em 2025 segue em 2%, por depender mais do mercado interno.
“A lição é clara: pequenas e médias indústrias precisam diversificar seus destinos de exportação para não ficarem reféns de um único país”, alertou Nogueira.
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O governo federal lançou o programa Brasil Soberano, com efeito imediato, mas ainda sujeito à aprovação do Congresso em 120 dias.
Crédito de até R$ 30 bilhões para pequenos negócios, vinculado à geração de empregos;
Ampliação do Fundo Garantidor da Exportação com seguro contra inadimplência;
Compra governamental de produtos perecíveis de pequenos produtores (escolas, hospitais e presídios);
Diferimento de tributos por até 60 dias;
Reintegra ampliado (recuperação de até 6% de impostos sobre exportações);
Drawback flexibilizado, com mais prazo para comprovar exportações.
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Segundo o presidente da Abimaq, José Velloso, o governo aposta no drawback para reduzir os efeitos do tarifaço.
Empresas ganham 1 ano a mais para comprovar exportações aos EUA;
Isenção ou suspensão de tributos sobre insumos importados;
Adiantamento de tributos federais adiado por 2 meses;
Em 2024, mais de US$ 10 bilhões em exportações aos EUA foram feitas nesse regime.
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O tarifaço americano, que aplica até 50% de tarifa ao Brasil, é amparado em legislações como:
IPA – Lei de Emergência Econômica;
Seção 232 – segurança nacional (aço e alumínio);
Seção 301 – práticas desleais (pirataria, PIX, etanol etc.).
📌 Em maio, a Court of International Trade decidiu que a IPA não poderia justificar tarifas indiscriminadas, mas o governo americano recorreu, mantendo a aplicação até julgamento final.
A advogada Marina Yoshimi Takitani destacou que as medidas refletem interesses políticos além de fundamentos econômicos, o que gera insegurança jurídica.
“As tarifas impactam a competitividade das exportações brasileiras, aumentam custos e restringem o acesso ao mercado dos EUA. É fundamental que o Brasil atue em negociações multilaterais e utilize a OMC como espaço de defesa”, afirmou.
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📢 Resumo da Coluna do SIMPI:
MEIs e pequenas empresas têm até 30 de setembro para negociar dívidas com a Receita e garantir descontos;
Trump endureceu tarifas contra o Brasil, elevando o custo das exportações;
Governo lançou Brasil Soberano para compensar perdas, mas medidas ainda dependem de ajustes;
Jurídico internacional mostra fragilidade na legalidade do tarifaço;
Diversificação de mercados é essencial para proteger os pequenos negócios brasileiros.
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