Política / Assembleia Legislativa
Deputada Gleice Jane apresenta moção de protesto contra obstrução dos trabalhos no Congresso Nacional
Parlamentar critica ação de bolsonaristas e pede abertura de representação por quebra de decoro
07/08/2025
11:30
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
Durante a sessão ordinária desta quinta-feira (7) na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS), a deputada Gleice Jane (PT) apresentou moção de protesto contra os parlamentares federais que obstruíram os trabalhos do Congresso Nacional na véspera. Segundo a parlamentar, o ato foi uma tentativa deliberada de paralisar o funcionamento da democracia em defesa de “interesses particulares de uma única família”.
“O Brasil parou ontem para ver um movimento de pessoas que não deixaram a democracia acontecer dentro do seu rito normal”, afirmou Gleice Jane, em discurso na tribuna.
A deputada criticou a atuação da base bolsonarista, que ocupou a Mesa Diretora e impediu votações em protesto contra a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro, decretada pelo ministro Alexandre de Moraes (STF). Para Gleice, enquanto o país enfrenta crises internacionais como o tarifaço dos EUA e discute temas urgentes como a isenção do IRPF para quem ganha até R$ 5 mil, a oposição escolhe o confronto político.
“Em vez de debater pautas da sociedade, como a de isenção do Imposto de Renda e os impactos das taxações americanas, temos um movimento irresponsável que só defende os interesses de uma única família”, disse.
Gleice Jane informou que enviará uma indicação formal ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre, com cópia ao Conselho de Ética, solicitando a abertura de representações por quebra de decoro parlamentar contra os deputados e senadores que participaram da obstrução.
“Não podemos aceitar isso. Não podemos ter um grupo político que se coloque acima da democracia e acima do povo”, concluiu.
A manifestação da deputada ocorre no dia seguinte à liberação do plenário da Câmara dos Deputados, ocupada por dois dias por parlamentares bolsonaristas. A obstrução foi encerrada após o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), indicar que pautas da oposição, como o PL da Anistia e o fim do foro privilegiado, seriam discutidas na semana seguinte.
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