Campo Grande (MS), Domingo, 29 de Junho de 2025

Política

Divisão no PT de MS marca eleição do diretório estadual e expõe racha sobre aliança com Riedel

Impasse sobre continuidade do apoio ao governador tucano esquenta disputa entre lideranças petistas antes de 2026

29/06/2025

09:00

DA REDAÇÃO

©ILUSTRAÇÃO

O Partido dos Trabalhadores (PT) de Mato Grosso do Sul vive uma disputa interna acirrada às vésperas da renovação do diretório estadual, marcada para o próximo sábado, 6 de julho. O principal ponto de discórdia gira em torno da aliança com o governador Eduardo Riedel (PSDB), que passou a ser questionada por parte expressiva da militância e de lideranças regionais.

O cenário sul-mato-grossense reflete uma divisão nacional no partido, que enfrenta impasses semelhantes em ao menos 18 estados. No plano nacional, o ex-prefeito de Araraquara (SP), Edinho Silva, aparece como favorito para comandar o diretório nacional do PT.

Riedel no centro do racha

A crise no diretório estadual opõe nomes tradicionais da legenda. O deputado federal Vander Loubet, defensor histórico da aliança com o PSDB local, tem evitado se posicionar abertamente nos últimos meses, diante da guinada conservadora de Riedel e suas recentes manifestações públicas, como o apoio à anistia de envolvidos nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro.

Do outro lado, o ex-prefeito de Mundo Novo, Humberto Amaducci, se posiciona contra a permanência do PT na base do governo estadual, defendendo o rompimento formal com os tucanos e a reestruturação do partido como alternativa de oposição para as eleições de 2026.

A divisão também atinge a bancada estadual do PT, com a deputada Gleice Jane fazendo críticas diretas à aliança com o PSDB, enquanto Zeca do PT, ex-governador, oscila entre defender o rompimento e recuar. Já Pedro Kemp, deputado estadual e pré-candidato à presidência do diretório municipal em Campo Grande, adota tom moderado, evitando tensionar ainda mais a disputa interna.

Disputa mira eleições de 2026

A disputa interna no PT-MS tem como pano de fundo a montagem das chapas majoritárias para as eleições de 2026. Além das vagas ao Senado e aos governos estaduais, a direção nacional do partido busca uniformizar estratégias e alianças, o que acirra o debate sobre alianças locais.

Enquanto setores ligados à base histórica do partido defendem a reconstrução da identidade petista fora do campo da direita, outras lideranças ponderam a importância da aliança com o PSDB estadual para garantir governabilidade e cargos estratégicos no governo Riedel.


Os comentários abaixo são opiniões de leitores e não representam a opinião deste veículo.

Últimas Notícias

Veja Mais

Envie Sua Notícia

Envie pelo site

Envie pelo Whatsapp

Rede News MS © 2021 Todos os direitos reservados.

PROIBIDA A REPRODUÇÃO, transmissão e redistribuição sem autorização expressa.

Site desenvolvido por: