Política / Justiça
Polícia Federal pede inclusão de Carla Zambelli na lista da Interpol
Nome da deputada pode entrar na Difusão Vermelha para fins de prisão internacional; PF formalizou pedido em Lyon, na França
04/06/2025
19:00
DA REDAÇÃO
©ARQUIVO
A Polícia Federal encaminhou à Interpol o pedido de inclusão da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) na Difusão Vermelha, mecanismo de alerta internacional utilizado para localização e prisão de foragidos da Justiça em 196 países. A solicitação foi feita com base na decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que decretou a prisão preventiva da parlamentar na quarta-feira (4).
A informação foi confirmada nesta quinta-feira (5) pelo diretor-geral da PF, Andrei Passos Rodrigues, que está em Paris acompanhando a comitiva do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em missão oficial.
“O pedido foi enviado por volta das 17h à sede da Interpol, em Lyon (França)”, confirmou Passos.
O pedido de inclusão de Zambelli na lista da Interpol tem como fundamento a decisão do STF que determinou sua prisão preventiva, após a parlamentar ter deixado o Brasil rumo à Argentina e, posteriormente, aos Estados Unidos. Segundo aliados, seu destino final deve ser a Europa, onde ela possui cidadania italiana.
O objetivo da PF é garantir que o nome da deputada fique visível aos órgãos de segurança de todos os países-membros da Interpol, caso ela seja localizada em trânsito ou permanência fora do Brasil.
A Difusão Vermelha da Interpol não equivale a um mandado de prisão internacional, mas funciona como um alerta global para localizar e prender pessoas procuradas, com vistas à extradição. A decisão de efetuar a prisão cabe às autoridades do país em que o indivíduo for localizado.
A análise do pedido cabe à Secretaria-Geral da Interpol, sediada em Lyon, que avalia critérios como risco de perseguição política, racial, religiosa ou de nacionalidade.
O atual secretário-geral da Interpol é o brasileiro Valdecy Urquiza, delegado da própria Polícia Federal. Ele é o primeiro representante de um país em desenvolvimento a ocupar o cargo em mais de 100 anos da organização.
Zambelli foi condenada em maio pelo STF a 10 anos de prisão por envolvimento em invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), com auxílio do hacker Walter Delgatti.
Após a condenação, a parlamentar deixou o país sem autorização judicial, o que levou Moraes a determinar a prisão preventiva.
Além disso, a deputada teve seus bens bloqueados, perfis em redes sociais removidos e o nome indicado para a Difusão Vermelha da Interpol.
Se a Interpol aceitar o pedido brasileiro, os dados de Carla Zambelli serão disponibilizados para as forças de segurança de 196 países. Caso seja localizada, o Brasil poderá formalizar o pedido de extradição junto ao país onde ela estiver.
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