Campo Grande (MS), Terça-feira, 15 de Abril de 2025

Artigos / Religião

Um marco espiritual e histórico para MS

13/04/2025

07:15

WILSON AQUINO

WILSON AQUINO*

Há momentos na história de um povo que ultrapassam o tempo e o espaço. São ocasiões raras, sublimes, que marcam a alma coletiva de uma comunidade. Assim é o anúncio da construção de um Templo de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias na capital de Mato Grosso do Sul. Uma notícia que ecoa como bênção e resposta a décadas de fé, orações e dedicação silenciosa de milhares de fiéis.

O anúncio foi feito no encerramento da 195ª Conferência Geral Anual da Igreja, transmitida mundialmente a partir de Salt Lake City, nos Estados Unidos, pelo presidente Russell M. Nelson — um homem centenário, cuja vida inteira foi consagrada ao serviço do Senhor. Ao revelar a construção de 15 novos Templos ao redor do mundo, entre eles o de Campo Grande, o profeta selou um momento de comoção e gratidão entre os membros da Igreja em todo o estado. Muitos choraram, outros se abraçaram, e todos compartilharam o sentimento profundo de que os céus se abriram sobre Mato Grosso do Sul.

Esse é, sem dúvida, um dos acontecimentos espirituais mais grandiosos da história recente do nosso Estado. Atualmente, os membros sul- -mato-grossenses enfrentam longas jornadas de mais de mil quilômetros, em caravanas que duram cerca de 12 horas, para chegar ao Templo mais próximo, em Campinas (SP). A nova Casa do Senhor em Campo Grande encurtará distâncias físicas e espirituais. Ela será um farol de fé não apenas para os fiéis de Mato Grosso do Sul, mas também para irmãos e irmãs de Mato Grosso, de outras regiões do Brasil e até de países vizinhos, como Paraguai e Bolívia.

Os Templos da Igreja não são apenas edifícios religiosos. São locais sagrados, de revelação, paz, consagração e eternidade. Neles são ensinadas verdades profundas e realizadas ordenanças espirituais fundamentais — como o casamento eterno e o selamento das famílias — que unem gerações sob o propósito divino de permanecerem juntas na eternidade.

Como destacou o presidente Russell M. Nelson, “passar mais tempo no Templo vai nos ajudar a nos prepararmos para a Segunda Vinda. Aumentará nossa capacidade de ter caridade e virtude, e nossa confiança diante Dele”. É esse espírito de preparação e santidade que envolve cada detalhe da construção de um Templo do Senhor.

A escolha de Campo Grande como sede de um Templo não foi por acaso. Ela reflete o crescimento constante da Igreja na região, a força espiritual do povo sul-mato-grossense e a dedicação de líderes e membros que, há décadas, semearam a fé com humildade, amor e serviço ao próximo. Cada reunião, cada visita missionária, cada gesto de bondade foi parte desse processo silencioso que agora floresce de forma gloriosa diante dos olhos de todos. É um reconhecimento divino à firmeza de um povo que nunca deixou de acreditar.

Além de seu significado espiritual, o Templo será também um marco arquitetônico e cultural, capaz de atrair visitantes e estudiosos interessados em sua beleza, simbolismo e propósito. Com projetos minuciosamente pensados para refletir a santidade e a ordem celestial, essas construções tornam-se pontos de referência não apenas para os membros da Igreja, mas para todos que buscam entender a fé, a história e a missão de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Campo Grande, nesse sentido, se tornará ainda mais visível no mapa espiritual do mundo.

O impacto da construção do Templo vai além da cidade e do estado. Ele se estende às famílias que se fortalecerão espiritualmente, aos jovens que encontrarão nele direção e propósito, aos missionários que poderão testificar com mais fervor sobre a veracidade do evangelho restaurado. Em tempos de incerteza moral e desafios sociais, o Templo será um refúgio de paz, um espaço onde corações serão curados, laços serão restaurados e vidas serão transformadas pelo poder da fé.

A emoção foi grande também entre os líderes locais. O presidente da Estaca Campo Grande, Vicente Maiorino Júnior, expressou gratidão ao reconhecer que “o Senhor olhou para nossa cidade” e abençoou o povo com esse presente sagrado. Já o bispo Cézar Henrique Bagatoli não conteve as lágrimas: “Não importa quanto tempo levará para ser edificado. O importante é que fomos abençoados pelo Senhor!”

Por sua sacralidade, apenas membros fiéis da Igreja — que estejam em conformidade com seus princípios e compromissos — podem entrar no Templo, ao contrário das capelas, que são abertas a todos. No Templo são realizadas ordenanças eternas, inclusive em favor de pessoas falecidas, seguindo ensinamentos que remontam ao período do Novo Testamento.

Esse anúncio representa muito mais do que uma obra de engenharia. É um testemunho vivo de que o Senhor está atento ao povo sul-mato- -grossense. É a materialização do amor de Deus por esta terra. É também um lembrete de que, mesmo em tempos difíceis, a fé verdadeira move montanhas e traz luz aos que perseveram.

O Templo em Campo Grande será uma fonte constante de luz em meio às sombras do mundo, um lembrete de que o céu ainda fala, que Deus continua guiando Seu povo e que as promessas feitas aos justos sempre se cumprem, no tempo e na maneira do Senhor.

Ao todo, já são 382 Templos no mundo, entre os que estão em funcionamento, construção ou com projetos anunciados. Cada um deles traz uma mensagem clara: Cristo vive, ama Seu povo e continua guiando Sua Igreja sobre a Terra.

Que este marco histórico nos inspire a viver com mais fé, servir com mais amor e olhar com mais esperança para o futuro. Mato Grosso do Sul foi escolhido. E isso jamais será esquecido.

 


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