Campo Grande (MS), Quarta-feira, 02 de Abril de 2025

Campo Grande / Política e Saúde Pública

Superlotação das UPAs divide vereadores e acende debate sobre gestão da saúde em Campo Grande

Casos de doenças respiratórias disparam e vereadores cobram planejamento e responsabilidade da prefeitura

01/04/2025

12:45

DA REDAÇÃO

A superlotação nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) de Campo Grande gerou intenso debate na Câmara Municipal nesta terça-feira (1º). Com base em números apresentados pela Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), os vereadores discutiram as causas e soluções para o colapso do sistema de urgência e emergência, que só na segunda-feira (31) registrou quase 5 mil atendimentos.

De acordo com a Sesau, foram 4.761 atendimentos na segunda-feira e outros 6.417 pacientes atendidos entre sábado e domingo, com doenças respiratórias liderando os diagnósticos, somando 733 casos de infecção aguda das vias aéreas superiores no período. O levantamento foi apresentado pelo vereador e líder da prefeita Adriane Lopes (PP), Beto Avelar (PP), que classificou a situação como “atípica”.

“Ontem foi uma segunda-feira atípica. Os casos de doenças respiratórias explodiram, o que gerou um acúmulo muito grande na saúde”, afirmou Avelar, destacando que até planos de saúde como Unimed e Cassems também enfrentam superlotação.

Por outro lado, o vereador Dr. Lívio Leite (União Brasil), membro da Comissão Permanente de Saúde, apontou falhas graves da gestão municipal e acusou a prefeitura de negligência diante de um cenário previsível.

“O que estamos vivendo hoje na saúde de Campo Grande é um caos instalado. Já sabemos que as doenças respiratórias aumentam nesta época do ano. Usar isso como justificativa é repetir erros antigos. É preciso planejamento e investimento”, disse o vereador.

Dr. Lívio também acusou a Sesau de omissão quanto à ausência de profissionais de plantão nas UPAs. Segundo ele, há médicos que estariam faltando ao trabalho e não há medidas efetivas sendo tomadas pela secretaria.

“Enquanto a Sesau se omite, a população sofre sem atendimento. A crise é orçamentária, sim, mas também é de gestão. A prefeita precisa intervir antes que a situação piore ainda mais”, completou.

🔍 Dados apresentados pela Sesau:

  • Segunda-feira (31): 4.761 atendimentos nas UPAs

  • Fim de semana (sábado e domingo): 6.417 atendimentos

  • Casos de infecção respiratória: 733

  • Casos de diarreia e gastroenterite: 408

A reportagem entrou em contato com a Sesau para comentar as críticas sobre a ausência de profissionais e o plano emergencial para conter a superlotação. O espaço segue aberto para resposta.


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