POLÍTICA
"Cobrança não é oposição", diz deputada Lia Nogueira ao cobrar Prefeitura de Dourados
Parlamentar defende atuação fiscalizadora mesmo sendo aliada política do prefeito Marçal Filho e questiona falta de cestas básicas nos CRAS
21/03/2025
22:55
FD
DA REDAÇÃO
©EVERALDO LEITE
A deputada estadual Lia Nogueira (PSDB) voltou a cobrar a Prefeitura de Dourados pela falta de cestas básicas nos CRAS (Centros de Referência de Assistência Social) do município. A cobrança gerou repercussão por envolver o prefeito Marçal Filho (PSDB), do mesmo grupo político da parlamentar. Em resposta, Lia afirmou que fiscalizar não significa fazer oposição, mas sim exercer sua responsabilidade com a população.
“Eu não sou adversária do Marçal, muito pelo contrário, faço parte do grupo político dele. Mas isso não significa que vou fechar os olhos para o que precisa ser melhorado”, disse a deputada à Folha de Dourados nesta sexta-feira (21).
Lia Nogueira enfatizou que mantém a mesma postura desde gestões anteriores e que continuará apontando falhas, inclusive dentro de sua própria base partidária, caso necessário.
“Se eu cobrei o ex-prefeito, por que não cobraria agora? Não é porque estamos no mesmo partido que não pode haver questionamentos. Comigo não tem essa”, afirmou.
Para a deputada, o papel do legislador é representar a população com coerência e responsabilidade, fiscalizando o uso de recursos públicos e garantindo a correta aplicação das políticas sociais.
A crise na distribuição de cestas básicas em Dourados se arrasta desde o início do ano, afetando centenas de famílias em situação de vulnerabilidade. A justificativa da gestão municipal seria a morosidade nos processos licitatórios, o que é rebatido por especialistas e pela própria deputada.
“Todos sabem que, se tratando de segurança alimentar, há previsão legal para compra emergencial, com dispensa de licitação”, disse Lia, com base na Lei nº 14.133/2021, que permite contratações diretas em situações de urgência.
A deputada também destacou que a Prefeitura de Dourados recebeu mais de R$ 330 mil em repasses estaduais e federais para a área de assistência social em 2024. Os valores, segundo ela, poderiam ter sido utilizados para minimizar os impactos da falta de alimentos nas comunidades mais vulneráveis.
Lia finalizou sua fala reiterando que seu papel como parlamentar não é apenas enviar recursos, mas fiscalizar sua aplicação.
“Se eu trago emendas para Dourados, eu também tenho o dever de fiscalizar. Se eu fosse prefeita, aceitaria ser cobrada, porque governar é isso: ouvir, corrigir e buscar sempre melhorar”, concluiu.
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