Campo Grande (MS), Quinta-feira, 13 de Março de 2025

JUSTIÇA

Justiça nega pedido de internação para feminicida de Vanessa Ricarte

Defesa tentou reverter prisão para tratamento alegando dependência química

16/02/2025

14:01

DA REDAÇÃO

©REDES SOCIAIS

A defesa do músico Caio Cesar Nascimento Pereira, de 35 anos, que assassinou brutalmente a ex-noiva Vanessa Ricarte, de 43 anos, tentou reverter sua prisão para internação em uma clínica de reabilitação, alegando que ele é usuário de drogas há mais de 15 anos e que teve uma "recaída significativa" nos dias que antecederam o crime.

📌 O pedido foi negado pela Justiça, mantendo a prisão preventiva do acusado.

Argumentos da defesa

📌 O advogado Wellington Mendes alegou que:

  • O réu tem um histórico de dependência química e já passou por três tentativas de internação feitas pela família.
  • Vanessa tinha conhecimento da dependência e tentava ajudá-lo.
  • Nos últimos dias, Caio teria entrado em uma crise emocional e de abuso de substâncias, possivelmente motivada por um "possível término".
  • Havia preocupação de que, dentro da prisão, ele tivesse acesso a drogas e tentasse o suicídio.

🗣 "Ele já tentou contra a própria vida três vezes. No dia do incidente, também tentou explodir a casa com um botijão de gás, mas foi impedido pela polícia."Wellington Mendes

O feminicídio de Vanessa Ricarte

📌 No dia do crime (12 de fevereiro), Vanessa havia procurado a Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) para denunciar o ex-noivo por divulgação de imagens íntimas e ameaças.
📌 Ela solicitou medida protetiva, mas voltou ao imóvel onde morava para buscar pertences, momento em que foi atacada e morta com três facadas no coração.
📌 Um amigo que a acompanhava tentou intervir, mas não conseguiu evitar a tragédia.

Falha no atendimento policial e investigações

📌 Vanessa recusou abrigo na Casa da Mulher Brasileira, mas um áudio enviado a um amigo revela que a polícia a orientou a voltar para casa – onde foi assassinada.
📌 O Governo do Estado de Mato Grosso do Sul reconheceu falhas na rede de proteção a mulheres vítimas de violência e determinou investigações sobre o atendimento da Deam.
📌 A Polícia Civil instaurou um procedimento para apurar erros na conduta dos agentes envolvidos.

Conclusão

A decisão da Justiça mantém Caio Cesar preso preventivamente, descartando sua internação em uma clínica. O caso reforça o debate sobre falhas no sistema de proteção às vítimas de violência doméstica e a necessidade de respostas mais rápidas e eficazes para evitar novos feminicídios.


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