EDUCAÇÃO
Piso dos professores sobe para R$ 4,8 mil e segue acima do valor pago na Capital e no Estado
Reajuste nacional de 6,27% mantém salários municipais e estaduais superiores ao novo piso
05/02/2025
10:00
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
O piso nacional dos professores da educação básica foi reajustado para R$ 4.867,77 em 2025, um aumento de 6,27% em relação ao valor do ano passado, que era de R$ 4.580,57. A atualização foi publicada na última sexta-feira (31) no Diário Oficial da União.
Embora o reajuste represente um avanço, o novo piso permanece abaixo dos valores pagos aos professores com carga horária de 40 horas semanais pela Prefeitura de Campo Grande e pelo Governo do Estado. No entanto, ainda há pendências relacionadas aos professores com jornada de 20 horas na Capital e à equiparação salarial entre docentes efetivos e contratados no nível estadual.
Os professores da Rede Municipal de Ensino (Reme) de Campo Grande que atuam em jornada de 40 horas semanais e possuem formação de nível médio recebem R$ 5.416,78. Já na rede estadual, o salário inicial para a mesma carga horária é de R$ 8.253,77.
Para professores com ensino superior, os valores são ainda mais altos:
Apesar dos valores acima do piso nacional, existem demandas pendentes para os profissionais da educação em Mato Grosso do Sul.
Em Campo Grande, a prefeita Adriane Lopes (PP) firmou um compromisso com os professores da Reme para integralizar o valor do piso nacional para docentes com jornada de 20 horas. A medida foi anunciada em outubro de 2023, quando a categoria recebeu um reajuste de 14,95%.
O plano prevê aumentos anuais até 2028, com reajustes programados para 12% em 2025, 14% em 2026, 15,79% em 2027 e 10,39% em 2028, além da reposição de 100% da correção do piso nacional em maio de cada ano.
Já no nível estadual, os professores contratados temporariamente lutam por equiparação salarial com os efetivos, uma promessa de campanha do governador Eduardo Riedel (PSDB).
Atualmente, segundo a Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul), um professor concursado recebe R$ 12.380,66 por 40 horas semanais, enquanto um contratado recebe R$ 7.020, o que equivale a 56,7% do salário do efetivo. Na prática, a diferença representa um salário 76% maior para os concursados.
Em 2024, o governador Eduardo Riedel concedeu um reajuste de 15% aos professores contratados e, no balanço de fim de ano, reafirmou a intenção de igualar os salários dentro de sua gestão.
A defasagem salarial entre efetivos e contratados teve início em julho de 2019, quando o então governador Reinaldo Azambuja (PSDB) propôs pagar metade do salário aos professores não concursados. Atualmente, cerca de 70% dos docentes da rede estadual são contratados e recebem um valor inferior ao dos efetivos.
Por outro lado, o salário de R$ 7.020 ainda é superior ao valor pago por 62 municípios de Mato Grosso do Sul. No ranking estadual, o vencimento dos professores efetivos é o maior do estado, enquanto o dos contratados ocupa a 19ª posição entre os municípios.
O novo piso nacional reafirma a necessidade de ajustes salariais em diferentes redes de ensino, enquanto professores seguem mobilizados por melhores condições de remuneração.
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