Política / Justiça
Justiça mantém Claudinho Serra e outros dois presos por mais 90 dias após nova fase da Operação Tromper
Ex-vereador, assessor e empresário “laranja” seguem detidos por envolvimento em esquema de propina e lavagem de dinheiro em Campo Grande
06/06/2025
16:30
DA REDAÇÃO
©ARQUIVO
O ex-vereador de Campo Grande Cláudio Jordão de Almeida Serra Filho, conhecido como Claudinho Serra, continuará preso preventivamente pelos próximos 90 dias, assim como os outros dois investigados detidos na 4ª fase da Operação Tromper. A decisão foi tomada durante audiência de custódia realizada nesta sexta-feira (6), e vale até nova deliberação do juízo titular da Vara Criminal de Sidrolândia.
Além de Claudinho, permanecem detidos o assessor Carmo Name Júnior — apontado como braço-direito do ex-parlamentar — e o empresário Cleiton Nonato Correia, dono da empresa GC Obras de Pavimentação Asfáltica Ltda, acusado de atuar como “laranja” no esquema.
Segundo o juiz Albino Coimbra Neto, a prisão dos três deve ser reavaliada no prazo de até 90 dias, conforme o Artigo 316 do Código de Processo Penal, que permite ao magistrado revogar ou manter a prisão preventiva com base no andamento das investigações.
A nova fase da operação é resultado do aprofundamento das investigações conduzidas pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), com apoio do Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção), além de efetivo do Bope, Batalhão de Choque, Força Tática da PMMS e assessoria militar do Ministério Público Estadual (MPMS).
Conforme o MPMS, foram coletadas provas que indicam o pagamento de grandes quantias em propina a agentes públicos, além da prática contínua dos crimes de lavagem de dinheiro e ocultação de valores obtidos ilicitamente. O esquema envolve contratos milionários com empresas de engenharia e pavimentação, com indícios de que a organização criminosa seguia atuante mesmo após fases anteriores da operação e aplicação de medidas judiciais restritivas.
Claudinho Serra já havia sido alvo de investigações anteriores da Tromper, que apura corrupção envolvendo obras públicas e uso de empresas de fachada para desviar recursos. A prisão preventiva é uma tentativa de impedir a obstrução das investigações e a continuidade dos crimes, segundo o Ministério Público.
A defesa dos acusados pode apresentar novos pedidos de liberdade ou recorrer da decisão, mas, por ora, os três seguem detidos em regime fechado.
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