Campo Grande (MS), Domingo, 11 de Maio de 2025

POLÍTICA

Obra em MS recebe aprovação do Mercosul após 12 anos sem financiamento no Brasil

Projeto do anel viário em Amambai terá investimento de mais de R$ 30 milhões do FOCEM, fortalecendo integração com o Paraguai e impulsionando a logística regional

06/12/2024

14:35

CGN

DA REDAÇÃO

Presidente Lula durante Cúpula de presidentes dos estados partes do MERCOSUL (Foto: Ricardo Stuckert / PR)

Durante a 65ª Cúpula do Mercosul, realizada nesta sexta-feira (6) em Montevidéu, no Uruguai, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou a aprovação do financiamento, após 12 anos sem projetos brasileiros contemplados, para a construção de um anel viário no município de Amambai, região de fronteira com o Paraguai. O recurso, que soma US$ 5,1 milhões (mais de R$ 30 milhões), será disponibilizado pelo Fundo de Convergência Estrutural do Mercosul (FOCEM).

A aprovação do projeto marca o retorno do Brasil ao rol de beneficiários do FOCEM, um mecanismo criado para reduzir as disparidades regionais entre os países do bloco. “Obtivemos este mês a aprovação, pelo Fundo, do financiamento do primeiro projeto brasileiro em 12 anos. O anel viário em Amambai vai estreitar vínculos com o Paraguai”, destacou Lula, enfatizando o papel da obra na integração econômica e logística.

Impacto Regional e Logístico

O anel viário de Amambai abrangerá a rodovia MS-386, conectando pontos estratégicos da região: a saída para Ponta Porã, as ligações com Caarapó e Tacuru (MS-156), além do acesso a Juti (MS-289). A infraestrutura promete aprimorar o fluxo de transportes de carga, reduzindo o tráfego pesado no perímetro urbano e tornando mais eficiente o escoamento da produção agropecuária, um dos pilares da economia de Mato Grosso do Sul.

Para o prefeito de Amambai, Edinaldo Bandeira (PSDB), a aprovação é um marco histórico. “É um grande presente para o município, que terá impacto significativo no desenvolvimento local. Agora podemos dizer que o anel viário já é uma realidade garantida”, comemorou.

Valorização do Agronegócio e Integração Internacional

Com a forte presença do agronegócio em Mato Grosso do Sul, a obra deve assegurar maior competitividade aos produtos da região, facilitando o acesso aos mercados internacionais. Na cúpula, o presidente Lula ressaltou que o projeto integra as “Rotas da Integração Sul-Americana”, um pacote de 190 obras previstas no Brasil e em países vizinhos, visando interiorizar o desenvolvimento, reduzir custos logísticos e fortalecer a conexão entre o Atlântico e o Pacífico.

A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, comemorou a conquista, apontando-a como a primeira de uma série de aprovações futuras. “Depois de 12 anos, o Brasil volta a ter um projeto contemplado pelo FOCEM. A iniciativa em Amambai é a primeira de outras sete previstas para o próximo ano. Com a união dos povos sul-americanos, garantiremos dignidade a todos”, declarou.

Outros Investimentos no Estado

Além do anel viário de Amambai, outras duas propostas de Mato Grosso do Sul já aprovadas aguardam a liberação de recursos no início de 2025. Uma delas, no valor de US$ 7 milhões (R$ 42 milhões), promoverá o desenvolvimento na faixa de fronteira em Ponta Porã. A outra, de US$ 9,1 milhões (R$ 55 milhões), será destinada a Corumbá, visando a redução de perdas de água no sistema de abastecimento. Esses investimentos internacionais incluem uma contrapartida mínima de 15% do Governo de Mato Grosso do Sul.

FOCEM e Redução de Desigualdades

Criado com o propósito de minimizar diferenças regionais, o FOCEM é um instrumento de financiamento solidário entre os países do Mercosul. Ao apoiar obras de infraestrutura, projetos sociais e iniciativas que impulsionem a competitividade, o fundo contribui para a coesão social e para o fortalecimento logístico do bloco, beneficiando diretamente comunidades e produtores locais.

Com a retomada de financiamentos pelo FOCEM, o Brasil reafirma seu compromisso com o desenvolvimento regional e a integração continental, um passo estratégico para consolidar o Mercosul como um bloco econômico mais sólido, dinâmico e conectado.

©DIVULGAÇÃO


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