POLÍCIA
Violência doméstica: uma mulher morre a cada 10 minutos no mundo, aponta relatório da ONU
Dados revelam que 85 mil mulheres foram assassinadas em 2023; maioria dos crimes ocorre no ambiente familiar.
25/11/2024
07:30
NAOM
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
A cada 10 minutos, uma mulher ou menina perde a vida em decorrência de violência doméstica no mundo, segundo um relatório divulgado pela ONU em alusão ao Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres, celebrado em 25 de novembro. O levantamento destaca que, em 2023, 85 mil mulheres foram assassinadas intencionalmente, das quais 51 mil (60%) foram mortas por parceiros íntimos ou familiares.
Todos os dias, 140 mulheres e meninas são mortas por pessoas próximas, evidenciando que o lar, muitas vezes, é o lugar mais perigoso para elas. O relatório da ONU enfatiza que o femicídio, ou feminicídio, é uma tragédia que atravessa fronteiras, classes sociais e idades, configurando-se como uma crise universal.
"A violência contra mulheres e meninas pode ser evitada. Precisamos de leis eficazes, maior responsabilização governamental e financiamento adequado para organizações de defesa dos direitos das mulheres", destacou Sima Bahous, diretora-executiva da ONU Mulheres.
Além do contexto doméstico, há femicídios relacionados a outras circunstâncias. Na França, entre 2019 e 2022, mais de 5% dos assassinatos de mulheres ocorreram fora do núcleo familiar. Na África do Sul, esse percentual foi de 9% em 2020-2021.
Apesar dos dados alarmantes, o relatório aponta uma redução de 20% nos índices de femicídio em algumas regiões da Europa desde 2010, especialmente em países do norte, oeste e sul do continente. Já nas Américas, os índices se mantêm estáveis nos últimos 13 anos.
Com a aproximação do 30º aniversário da Plataforma de Ação de Pequim, que reforçou o compromisso global com a igualdade de gênero, Sima Bahous apelou por ações mais enérgicas: “Os líderes mundiais precisam priorizar o compromisso e os recursos para enfrentar essa crise”.
Especialistas defendem estratégias como:
O combate à violência contra as mulheres requer a união de governos, sociedade civil e organizações internacionais para reverter um cenário que persiste como uma das principais violações de direitos humanos no mundo.
Os comentários abaixo são opiniões de leitores e não representam a opinião deste veículo.
Leia Também
Leia Mais
Triunfo nas eleições internas: TSE unificado preenche vagas em Mato Grosso do Sul
Leia Mais
Revitalização urbana em Anaurilândia: R$ 2,7 milhões transformam ruas e melhoram o cotidiano
Leia Mais
Prefeitura de Bataguassu intensifica ações contra terrenos baldios e irregularidades
Leia Mais
Alems inicia trabalhos de 2025 com posse da Mesa Diretora dia 3 de fevereiro
Municípios