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Com atraso e indefinição, assembleia que pode destituir Cezário da FFMS começa em Campo Grande
Presidente afastado da Federação de Futebol de MS pode perder o cargo após 28 anos de gestão
14/10/2024
14:55
CGN
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
A assembleia geral extraordinária que pode decidir a destituição do presidente afastado da Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul (FFMS), Francisco Cezário de Oliveira, de 78 anos, começou com 40 minutos de atraso nesta segunda-feira (14), em Campo Grande. O encontro, marcado para as 14h, visa julgar os supostos atos de gestão irregular e temerária atribuídos a Cezário, que está afastado do cargo.
O evento, realizado a portas fechadas, ocorre na Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), localizada na Rua Antônio Corrêa, no bairro Jardim Monte Líbano, sob convocação do presidente interino Estevão Petrallás. Cezário, que não compareceu à reunião, está sendo representado por seu advogado, Júlio Cesar Marques.
O objetivo da assembleia é deliberar sobre a destituição de Francisco Cezário, que ocupa a presidência da FFMS há 28 anos. De acordo com o edital, o presidente afastado teria 30 minutos para apresentar sua defesa, mas optou por ser representado. Caso os associados votem pela destituição, será agendada uma nova eleição para preencher o cargo vago.
Gilmar Ribeiro, presidente da Portuguesa, foi direto ao afirmar: "Estamos aqui para deliberar sobre a destituição do Cezário e convocar novas eleições". Enquanto isso, o presidente do Costa Rica, André Baird, destacou o clima incerto da reunião: "Não dá para saber pelo que conversamos".
Cezário foi alvo da Operação Cartão Vermelho, realizada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), que investiga o desvio de R$ 6 milhões da FFMS, envolvendo recursos públicos e da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Em 21 de maio de 2023, Cezário foi preso durante a operação, sob acusações de peculato e outros delitos relacionados. Segundo o Ministério Público, a organização criminosa realizava saques frequentes de valores inferiores a R$ 5 mil para evitar alertas aos órgãos de controle. Ao todo, mais de 1.200 saques, que somaram R$ 3 milhões, foram identificados.
Após ser preso em maio, Cezário obteve liberdade em junho, mas voltou a ser preso em agosto. Em 14 de setembro, ele conseguiu outra decisão favorável e deixou a prisão. A votação da assembleia deve durar cerca de três horas, e a expectativa é de que a decisão sobre a permanência ou destituição de Cezário seja anunciada ainda hoje.
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