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FFMS convoca assembleia que pode “demitir” Cezário, presidente da federação há 28 anos
Reunião vai julgar supostos atos de gestão irregular do cartola, investigado por desvios de R$ 6 milhões
03/10/2024
09:00
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
A Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul (FFMS) convocou uma assembleia geral extraordinária para o dia 14 de outubro, a partir das 14h, com o objetivo de julgar administrativamente os "supostos atos de gestão irregular e temerária" do presidente afastado Francisco Cezário de Oliveira, de 78 anos. O cartola, que esteve à frente da FFMS por quase 28 anos, é conhecido por sua longevidade no comando da entidade e estava em seu sétimo mandato, com previsão de permanência até 2027.
A reunião será realizada na Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), localizada na Rua Antônio Corrêa, 417, Jardim Monte Líbano, em Campo Grande. O presidente interino da federação, Estevão Petrallás, foi quem fez a convocação.
Durante a assembleia, Cezário terá direito a 30 minutos para apresentar sua defesa. Caso os associados decidam pela destituição do presidente afastado, será discutida e votada a convocação de eleições para preencher os cargos vagos na FFMS.
Os problemas de Francisco Cezário começaram em maio, quando a operação Cartão Vermelho, conduzida pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), investigou um esquema de desvio de R$ 6 milhões dentro da FFMS, que recebe recursos do governo estadual e da CBF (Confederação Brasileira de Futebol). No dia 21 de maio, o cartola foi preso durante a operação.
A investigação, que durou 20 meses, apontou que a organização criminosa se dedicava ao peculato e outros crimes dentro da federação. Uma das principais formas de desvio identificadas foi a realização de frequentes saques em espécie, sempre em valores inferiores a R$ 5 mil, para evitar a detecção pelos órgãos de controle. No total, foram mais de 1.200 saques, somando mais de R$ 3 milhões.
Cezário foi preso no dia 21 de maio, sendo liberado no dia 6 de junho após ser hospitalizado. A prisão foi novamente decretada no dia 27 de agosto, mas ele obteve uma nova decisão favorável que lhe garantiu a saída da prisão em 14 de setembro.
Agora, o futuro do ex-presidente da FFMS está nas mãos dos associados, que vão decidir se ele será ou não afastado de forma definitiva da federação.
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