POLÍTICA
Lula recebe indígenas e anuncia reforço da Força Nacional em área de conflito
Grupo Guarani Kaiowá representou comunidade da Terra Indígena Panambi-Lagoa Rica, em Douradina
10/08/2024
15:15
CAMPOGRANDENEWS
CAROLINE MALDONADO
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara; Secretário-Executivo do Ministério dos Povos Indígenas, Luiz Eloy; e representantes da Atu Guasu. (Foto: Divulgação/Governo Federal)
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu um grupo de lideranças Guarani Kaiowá neste sábado (10), em Brasília (DF), para tratar do conflito entre a comunidade e proprietários rurais na região da Terra Indígena Panambi-Lagoa Rica, em Douradina, a 192 quilômetros de Campo Grande. Foram anunciadas medidas de reforço de segurança por meio da Força Nacional e a criação de uma sala de situação para atuar nas demandas na região.
A área de 12 mil hectares já é delimitada há 13 anos, mas ainda não foi homologada no processo de demarcação. Desde o início de julho, 12 indígenas foram feridos nos confrontos.
A reunião teve a presença de membros da Assembleia Aty Guasu e da ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara; do ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Marcio Macedo, Paulo Pimenta; e da presidente da Funai (Fundação Nacional do Índio), Joenia Wapichana.
O grupo pede a desmobilização de um acampamento ocupado por ruralistas que estariam promovendo atos de violência, mais segurança para a região e a conclusão do processo de demarcação da terra. Na última quinta-feira (8), 45 representantes dos povos Guarani e Guarani-Kaiowá realizaram um ato em frente ao MJSP (Ministério da Justiça e Segurança Pública) pelo fim do que classificam como um “massacre” na área.
Parte do pessoal foi recebido pelo secretário Nacional de Segurança Pública, Mário Luiz Sarrubbo, e pela secretária nacional de Acesso à Justiça, Sheila de Carvalho, no Palácio da Justiça.
“A nossa intenção é acompanhar de, forma constante, as políticas de proteção e segurança pública no território e dar celeridade para as nossas respostas, além de analisar todas as denúncias que chegarem pelos atores locais”, disse Sheila.
O MJSP informou que o documento que identifica a área como de ocupação tradicional indígena segue válido, mas o andamento do processo de demarcação está suspenso por ordem judicial. Com perímetro de cerca de 63 quilômetros, os limites da Terra Indígena Panambi-Lagoa Rica foram estabelecidos pela Funai em 2011.
A reunião ocorreu após uma manifestação em frente ao Ministério da Justiça na quinta-feira (8). Indígenas a apoiadores da causa chegaram a interromper, por alguns minutos, o fluxo de veículos que trafegavam pela esplanada. A ministra Sônia esteve em Douradina no dia 2 deste mês e conversou com produtores rurais acampados perto das áreas delimitadas.
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