Campo Grande (MS), Domingo, 13 de Outubro de 2024

CÂMARA MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE

Carlão pede nome de suplente ao TRE para eventual convocação após prisão

Com mudanças partidárias recentes, ele pediu à Corte quem deverá ser chamado caso vereador siga preso

23/04/2024

10:59

CAMPOGRANDENEWS

MARISTELA BRUNETTO

©DIVULGAÇÃO

O presidente da Câmara de Vereadores, Carlos Augusto Borges, o “Carlão”, procurou o TRE/MS (Tribunal Regional Eleitoral) para saber quem é o primeiro suplente caso precise convocá-lo para substituir Cláudio Serra, do PSDB, preso desde 3 de abril após operação do Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção) e Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul). O parlamentar deverá ser afastado caso permaneça ausente por dez sessões, que completam no dia 7 de maio, mas não há previsão no regimento para ingresso de suplente, o que deve ocorrer somente se a situação de Serra se prolongar. A indefinição sobre quem seria chamado refere-se ao fato de que houve janela partidária com muitas alterações de eventuais candidatos, mexendo no cenário dos partidos e a representatividade.

Carlão explicou que até “fez a soma” para eventual perda do mandato, que ocorre quando as ausências chegam a 30% das sessões no período, o que deverá ocorrer em agosto. Mas ele alertou que se o parlamentar tiver rejeitado o mérito de habeas corpus, que será julgado na semana que vem pelo TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), e também não houver concessão de liminar em eventual encaminhamento da situação ao STJ (Superior Tribunal de Justiça), terá de ser analisada a convocação de suplente.

Por enquanto, o presidente vinha argumentando que nomearia vereadores para atuação nas comissões que Cláudio Serra participa, em caso de necessidade para análise de projetos. O parlamentar é investigado por supostas fraudes em contratos na Prefeitura de Sidrolândia, cuja prefeita Vanda Camilo (PP), é sogra do vereador, que teriam atingido valores superiores a R$ 1 milhão.

Carlão evita opinar sobre a situação do colega de parlamento. “A Câmara não vai acobertar e a Câmara não vai incriminar”, sintetiza. Conforme ele, não seria o caso de instaurar processo ético porque as investigações não envolvem atuação relacionada ao mandato. “Então não cabe processo de cassação, não cabe conselho de ética, porque não é falta de decoro.”

Questionado pela reportagem se havia possibilidade de renúncia por parte do parlamentar, Carlão disse desconhecer. Ele informou que tem mantido contato com a mãe e a esposa de Serra para saber sobre a situação dele, mas não tratou sobre o mandato. Caso ocorra renúncia, o presidente da Câmara informou que chama o suplente “no mesmo dia”. 


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