Durante sua participação na COP30, em Belém (PA), nesta quarta-feira (12), o governador Eduardo Riedel reafirmou que crescimento econômico, inclusão social e conservação ambiental são pilares inseparáveis do projeto de Mato Grosso do Sul. Para ele, não há contradição entre produzir e preservar — desde que o poder público estabeleça diretrizes claras e políticas transversais.

Ao lado do secretário de Meio Ambiente, Jaime Verruck, e do adjunto Artur Falcette, Riedel participou de uma série de reuniões e painéis, incluindo o encontro “Fortalecendo o papel dos governos subnacionais na governança climática internacional”, organizado pela Frente Nacional dos Prefeitos (FNP). Horas antes, esteve no Café na Amazônia – Encontro de Governadores, promovido pelo governo do Pará.

Estado que cresce mais que o Brasil e preserva seus biomas

Riedel destacou que Mato Grosso do Sul possui três importantes biomas — Pantanal, Cerrado e Mata Atlântica — e se tornou referência nacional em políticas de conservação e desenvolvimento sustentável:

• 84% do Pantanal preservado;

• 94% da energia consumida é renovável;

• Crescimento econômico entre 5% e 6% ao ano, de duas a três vezes a média nacional;

• Meta de carbono neutro em 2030, consolidada no Plano MS Carbono Neutro.

Sobre o Pantanal, o governador reforçou a importância de legislações específicas, como a Lei do Pantanal, construída em diálogo com produtores, especialistas, ONGs e autoridades estaduais e federais.

“Nunca entendemos que fosse um paradoxo crescer e, ao mesmo tempo, manter atividades de baixo carbono e preservar nossa biodiversidade”, afirmou.

MS Ativo: municipalismo como base da sustentabilidade

Riedel destacou também o caráter municipalista da gestão estadual. No programa MS Ativo, criado pelo governo, as necessidades dos 79 municípios foram identificadas diretamente junto a prefeitos e vereadores.

A partir deste diagnóstico, o Estado consolidou:

• Obras de infraestrutura urbana e rural;

• Parcerias na saúde e educação;

• Contratos de gestão para impulsionar o “território carbono neutro”;

• Um mapeamento climático já concluído em 70 municípios.

Essas ações integram a agenda territorial que combina sustentabilidade, geração de empregos e inclusão social, refletida nos números do estado:

• Desemprego abaixo de 3%, entre os menores do país;

• Segunda menor taxa de pobreza extrema no Brasil.

“Se deixarmos a politicagem de lado e pensarmos em políticas públicas orientadas a resultados, as coisas acontecem quando há convergência de objetivos”, concluiu Riedel.

Agenda de MS na COP30 continua

Nesta quinta-feira (13), Riedel e Verruck seguem com compromissos na COP30. O governador participará de dois debates estratégicos:

• Painel MS na Agrizone (Embrapa)

Espaço dedicado às discussões ambientais relacionadas ao agronegócio.

• Painel “Lei Geral do Licenciamento Ambiental e o Papel dos Estados”

Realizado pela Abema, no Pavilhão Pará da Green Zone.

Mato Grosso do Sul busca consolidar-se como exemplo de desenvolvimento sustentável, mostrando ao mundo que é possível crescer com responsabilidade ambiental e integração social.